__________ Itapema, suas histórias... __________

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ITAPEMA-SP

ITAPEMA/SP [DÉCADA DE 1920].

Desde a empreitada de Jorge Ferreira, quando estabeleceu aqui sesmaria, por volta de 1533, com plantações de cana-de-açúcar e criação de animais, ITAPEMA/SP sempre foi considerado um modesto arrabalde. Constituído por residentes do Forte e Guarnição, trabalhadores das fazendas, bem como dos engenhos existentes, alguns sitiantes, artesãos navais e pescadores. Tendo passado por um gradativo processo de povoamento iniciado no período colonial, o que se confirma em alguns Censos então realizados.
Mapa do século XVII assinala fazendas, o Engenho dos Bairros e habitações. Aviso Régio de Outubro 1817 descreve denominações, extensões, senhorios, títulos de terra da região da Ilha de Santo Amaro. Será dado estatísticamente como habitado pelo censo de 1822, primeiro ano do Império Brasílico de D. Pedro I.
DETALHE DE MAPA (1631) ONDE SE REPRESENTA AS TERRAS DE ITAPEMA/SP NA ILHA DE SANTO AMARO.

No extremo noroeste da Ilha, pelo avançar dos tempos, residiam os moradores da Vila da Bocaina, núcleo originador do Distrito. Ficava defronte ao Largo de Santa Rita e foi um antigo reduto de Caiçaras, que viviam do plantio de roças, pesca, de onde tiravam o sustento. Alguns remanescentes das primeiras ocupações, desde o século XVI, os quais ergueram ali em tempos remotos a Capela de Santa Cruz do Riacho, provavelmente numa referência a antiga denominação do Forte de Itapema. Ajuntaram-se tempos depois imigrantes portugueses, italianos e japoneses, como trabalhadores de carpintaria naval, do cais, marítimos e agricultores dos bananais vizinhos.
 VILA DA BOCAINA (NÚCLEO CAIÇARA ORIGINADOR DO DISTRITO) - ANOS DE 1940.

Outros pescadores (portugueses com índios, mestiços de escravos) fixaram-se especialmente no Sítio Conceiçãozinha (antiga fazenda jesuítica) à sudoeste de ITAPEMA/SP formando outra remota povoação itapemense, vivendo da atividade marítima, da coleta de víveres do mangue, da mata ao redor e do roçado. Além dos migrantes nordestinos chegados mais tarde, empregados como pedreiros, empregadas domésticas, motoristas, faxineiros, cozinheiros etc.
SÍTIO CONCEIÇÃOZINHA NA MARGEM ESQUERDA ITAPEMENSE DO PORTO - ANOS DE 1990.

É ao tornar-se, em Setembro de 1893, rota de acesso à Vila Balneária, caminho obrigatório da elite cafeeira paulistana (E.F. Itapema, SP-2066) para o Hotel La Plage e às praias, que ganha importância enquanto núcleo populacional.
Publicação de 1898 assinala:
"Toma-se no caes das Docas uma lancha que após curta travessia chega ao lugar Itapema, defronte da cidade. Ahi segue-se pela estrada de ferro da Companhia Balneária até Guarujá, seu ponto terminal." - E seria exatamente este o único trajeto até 1918.
ITAPEMA/SP - MARGEM ESQUERDA DO PORTO [LITORAL PAULISTA].
 ESTAÇÃO DAS BARCAS EM ITAPEMA/SP ( DÉCADA DE1960) - CONSTRUÍDA PARA RECEBER VERANISTAS RUMO À VILA BALNEÁRIA A PARTIR DE 1893. O SISTEMA CONTAVA AINDA COM UMA ESTRADA DE FERRO MOVIMENTADA POR TRENS E BONDES.
MARIA-FUMAÇA DA ESTRADA DE FERRO ITAPEMA SP-2066 TRANSPORTE AO HOTEL LA PLAGE.
BONDE ELÉTRICO (TRAMWAY) UTILIZADO NA ESTRADA DE FERRO SP-2066 [ITAPEMA/SP].

Nas proximidades do Largo da Estação das Barcas e Rua Itapema surgiram algumas moradias que se constituíram em habitações de empregados do Sistema de Transporte Marítimo e Ferroviário, conformando o Bairro de Itapema (compreendendo as terras da Wilson, Sons & Co. com limite final na Av. São Pedro). Concomitantemente no antigo loteamento da Vila Pai Cará (promovido pela família Backheuser, Proost de Souza) no início do século XX (1918), limites da Rua Maranhão e Salgado Filho até a Rua Guilherme Backheuser. Seguido da gleba loteada do bairro limítrofe Jardim Santense, de posse da City of Santos Improvements Co., suas antigas instalações.
ANÚNCIO EM 'A TRIBUNA' DO LOTEAMENTO VILA PAE CARÁ (1918) ITAPEMA/SP.
RUA ITAPEMA - PRÓXIMA À ESTAÇÃO DAS BARCAS [ITAPEMA/SP] ANOS DE 1960.
LARGO THIAGO FERREIRA (PONTÃO DAS BARCAS) - ITAPEMA/SP.
PONTÃO DAS BARCAS [ITAPEMA/SP].

Com o advento da Base Aérea em 1925, muitos residentes desapropriados da Bocaina, após anos de resistência, passaram a morar ao longo da linha férrea (atual Av. Thiago Ferreira) até a Rua Mato Grosso, nos limites da Rua Cunhambebe, ocupando a região central em que se formou o Bairro Vila Alice. A compor assim, a parte mais antiga: o velho Itapema.
OS ANTIGOS CHALÉS AO LONGO DA AV. THIAGO FERREIRA [ITAPEMA/SP] 1963.
CHALÉS E SOBRADOS COM RESIDÊNCIA NO ANDAR DE CIMA MAIS COMÉRCIO EMBAIXO [ITAPEMA/SP] 1963.

Tempos depois (década de 1940) surgiu o loteamento do Sítio do Pai Elesbão, convertido em Parque Estuário, nos limites da Rua Capitão Lessa com a R. Guilherme Guinle até a Rua Duque de Caxias, limítrofe ao Rio Acaraú.
PANORÂMICA BAIRRO PARQUE ESTUÁRIO - ITAPEMA/SP [DEZEMBRO 1949].

Até o final dos anos de 1940, a população itapemense era formada por funcionários públicos, alguns comerciantes (atividade desenvolvida em grande parte por portugueses e espanhóis), trabalhadores navais e do Porto (estiva, navegação), ambulantes, agricultores dos bananais, pescadores, profissionais autônomos e prestadores de serviço.
À ESQUERDA DO ESTUÁRIO, A PORTUÁRIA ITAPEMA/SP.

Ainda nos primórdios do Porto, a margem esquerda itapemense, dentro da atividade portuária, serviu ao trabalho de carpintaria naval, reparo de mastros e velas, mão-de-obra de trabalhadores navais.
Por aqui construíam-se, aparelhavam-se antigamente rijos cascos de madeira-de-lei, com mastros pesados de velame. Bergantins, escaléres, veleiros, eram o mister destes estaleiros itapemenses. Dos trabalhos respeitantes à profissão de marinheiro, viviam então muitos homens em todo o litoral, a confeccionar avariada vestimenta dos mastros e seu velame, conserto de leme, que empregavam mestres navais, carpinteiros, entralhadores etc.
Nas margens do Bairro Bocaina desenvolveram-se diversas atividades marítimas, uma delas foi a carpintaria naval. Ao transcorrer das décadas perlongando a margem de ITAPEMA/SP abrigaram-se estaleiros desde a Bocaina até as imediações da "Prainha" à desembocadura do Rio Santo Amaro. Havia intensa atividade nestes estaleiros de repara e construção de traineiras, catráias, pequenos barcos em madeira e rebocadores. Casos em que os estaleiros forneciam água, tintas, lubrificantes, conserto de peças para os navios atracados durante estadia tanto na Bocaina, quanto por todo o Porto santense.
ESTALEIRO NA MARGEM ESQUERDA DO DISTRITO [ITAPEMA/SP].

Todavia, houve um declínio do setor. Processos de manufatura e materiais industrializados (aço, alumínio, resina), despendendo mais maquinário, equipamentos, ferramentas, a carpintaria naval teve seu mercado restringido ao atendimento da demanda por barcos pesqueiros e de lazer, algumas embarcações de apoio marítimo, e às atividades ligadas ao reparo naval.
E mesmo aqueles que dominavam o trabalho com metal construindo rebocadores, barcas, balsas, atracadouros flutuantes, se viram tolhidos pelos acontecimentos futuros.
Com a passagem da malha ferroviária da antiga R.F.S.S.A., em meados dos anos de 1970, margeando o Distrito, desapropriou os terrenos ao longo da Rua Salgado Filho, diversos estaleiros tiveram que mudar-se por falta de espaço físico. Outros sucumbiram a baixa da atividade nos antigos moldes, restando apenas uns poucos.
ESTALEIRO MARGEM ESQUERDA ITAPEMENSE/SP.
      
Extensas áreas de ITAPEMA/SP estavam destinadas ao cultivo de bananais. O império da Banana viveu seus dias de glória entre os anos de 1905 e 1950. Sustentou por décadas economicamente a região do Litoral Paulista.
Negócio aqui implementado pela Família Backheuser e Proost de Souza (aparentados entre si), num extenso bananal abrangendo o 'Sítio Paicará'.
A Condessa Áurea Conde, foi uma das maiores latifundiárias de bananicultura do Litoral Sul Paulista. Não se sabe ao certo estimar o número de hectares que pertenciam a Dona Áurea Gonzales Conde, mas segundo depoimentos de moradores, sobretudo de ITAPEMA/SP, suas terras (BanÁurea) iam da divisa da Bertioga até onde hoje está localizada a Vila Edna.
Desde o princípio é instalado um Píer Bananeiro para escoamento da safra (ao lado da "enseadinha" do Forte Itapema), sob administração e instalações da Wilson Sons. A banana era o terceiro produto mais exportado pelo Porto.
No mangue, a Leste da ferrovia, existiam inúmeras linhas de decaville. Ou seja, ramais com troleys puxados por animais, locomotivas pequenas, muitas vezes movidas à gasolina e com bitola de 60 cm para transporte de cachos de bananas, principalmente na região de ITAPEMA/SP. Ainda existentes em meados dos anos de 1960.
PÍER BANANEIRO EM ITAPEMA/SP PARA TRANSBORDO DA SAFRA [1929].
   
Intensifica-se a migração nordestina, datada de 1940. Em geral o homens chegam como mão-de-obra para a construção de prédios na orla da praia, as mulheres para o serviço doméstico.
A partir de então, o notável crescimento de Itapema deveu-se ao preço acessível dos terrenos, às crescentes invasões, sua localização defronte a zona portuária e serviços regulares de comunicação com o entorno. Possibilitando a massa trabalhadora permanecer e empregar-se na atividade industrial, de estiva e turística.
A POPULAÇÃO DO DISTRITO ITAPEMENSE EM TRÂNSITO [1963].

Levantamentos feitos pelo Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo na década de 1960, dão conta que com a expansão balneária do Litoral Paulista, bem como a implantação industrial na região criaram novas condições de emprego. Por outro lado, o aumento da população regional e a supervalorização das grandes áreas limitaram as opções de moradia deste contingente em busca de melhores oportunidades. A ausência de fiscalização em terrenos abandonados, antigos bananais e áreas de mangue, ITAPEMA/SP apresentou-se como opção para esta transferência residencial.


Em 30 de Dezembro de 1953, o Governador Lucas Nogueira Garcez promulga a Lei Estadual Nº 2.456 que alçaria o Itapema a condição distrital, com autoridade administrativa e rebatizado com o nome do "Poeta do Mar" [imagem ao lado] Vicente de Carvalho. O aparecimento do Distrito foi basicamente determinado pelo contexto político-econômico, pois ganhava feições de conglomerado urbano. Ao deixar a condição rural, melhores impostos poderiam ser auferidos pela Sede Balneária.
BRASÃO DE ITAPEMA/SP.
REGIÃO CENTRAL DE ITAPEMA/SP ONDE SE ESTABELECERAM ATIVIDADES COMERCIAIS NO DISTRITO [1963].
ANTIGA SEDE DA CRVC - COORDENADORIA REGIONAL DE VTE. CARVALHO [ITAPEMA/SP] ANOS 2000.
MAPA TERRITORIAL DE ITAPEMA/SP.
DIVISA INTERDISTRITAL - LINHA DEMARCATÓRIA QUE SEPARA ITAPEMA/SP DA SEDE BALNEÁRIA. INSTITUÍDA PELA LEI ESTADUAL Nº 8.092, DE 28/02/1964.
CENTRO ITAPEMA/SP (REBATIZADO VICENTE DE CARVALHO) -  DÉCADA DE 1950.

Sendo Guarujá uma cidade turística, a fixação de uma população permanente garantiria mão-de-obra, promoveria a formação de um contingente eleitoral e consequentemente, respaldo para as pretensões políticas da Sede. Tanto que Guarujá não opôs resistência alguma a elevação de ITAPEMA/SP à categoria de Distrito. Cita Melo Rodrigues:
"(...)a "Pérola do Atlântico' viu, na promoção política de Vicente de Carvalho, uma maneira de melhorar a arrecadação municipal, já que os impostos e taxas no perímetro urbano são mais numerosos e de tributação mais elevada do que na zona rural. Com isso, Guarujá procurou aumentar a receita municipal aparelhando-se melhor para enfrentar os grandes e graves problemas decorrentes do alargamento e crescimento da população do Distrito. Esse propósito tornou-se bem evidente com a lei que incluiu o "Sítio Pai Cará" no perímentro urbano de Vicente de Carvalho, mesmo antes daquele bairro apresentar as mínimas características para tanto.
VISTA AÉREA DA OCUPAÇÃO DE BAIRROS ITAPEMENSES [FINS DA DÉCADA DE 1950].

O fenômeno da ocupação desordenada intensificou-se no ano de 1956 por ocasião do desabamento de morros santistas. Temporais nos primeiros dias de Março, que duraram cerca de 8 horas com violentas enxurradas atingem o Morro do Marapé, do Castelo, Saboó, Nova Cintra, São Bento e Itararé. As famílias atingidas transferem-se maciçamente para o Pae Cará. Constituindo como outros ajuntamentos desta natureza, "foco de tensão social onde se atropelam problemas urbanos, educacionais, sanitários e, sobretudo, econômicos."
RUA DO BAIRRO PAE CARÁ SEM URBANIZAÇÃO [ITAPEMA/SP] 1963.

A desocupação obrigatória desta área privada importaria num grave problema social. Se fazendo necessário uma intervenção por parte do poder público. O Governo do Estado, através do Decreto Nº 37.266, de 29 de Julho de 1958, declarou a área de utilidade pública a fim de ser desapropriada pela Fazenda do Estado, referente a uma gleba de 2.235.479 metros quadrados do "Sítio Pai Cará". Reputa-se a este decreto sucessivo fluxo migratório inesperado, acentuadamente de nordestinos para trabalhar no Porto e na construção civil. Isso porque havia a possibilidade de tornar-se proprietário de um lote de terreno, aliada às notícias correntes de urbanização da área que aceleraram a invasão. Semelhante situação ganhava proporções alarmantes no decorrer de 1958 e 1960, com a compactação demográfica entre a Av. Santos Dumont e o estuário do porto.
"(...)De vários pontos do estado e do país, especialmente do nordeste semi-árido, afluíram invasores, quase sempre atendendo ao chamamento de parentes e amigos anteriormente instalados na região invadida."
APESAR DA FALTA DE INFRAESTRUTURA A INTERVENÇÃO DO ESTADO PERMITIU A ORDENAÇÃO DO ARRUAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS TERRENOS E CASAS DO PAE CARÁ, NAQUELE MOMENTO. 

As medidas urgentes tomadas depois do decreto expropriatório do "Sítio Pai Cará" normalizou a permanência dos ocupantes e impediu novas invasões por terceiros. Do lado direito da Av. Santos Dumont (porção menos ocupada) procedeu-se arruamento, demarcação dos lotes, bem como instalação provisória de água e luz. Outra providência foi a remoção de dezenas de moradias construídas no espaço aglomerado, o que possibilitou nesta área realinhamento das casas e também abertura de ruas.
Na verdade tais medidas não solucionaram as complexas dificuldades existentes, apenas configurou a ocupação definitiva e até por assim dizer, aflorou os problemas sociais do Distrito. A dicotomia está que em função deste momento, Vicente de Carvalho começa a transformar-se. O aspecto do casario, a instalação de serviços públicos, o espaço urbano ganha traços de verdadeira cidade.
O CASARIO ALASTRA-SE POR ITAPEMA/SP [ANOS DE 1980].

Expandindo-se por loteamentos razoavelmente planejados, como Jardim Monteiro da Cruz ao final dos anos de 1950 e diversas urbanizações que surgiram enquanto bairros, por volta de 1960 em diante, vindo a compôr na atualidade as glebas itapemenses: Jardim Cunhambebe, Jardim Enguaguassu (entrada da velha Bocaina), Jardim Maravilha, Esplanda do Castelo, Vila Áurea (em terras da Banáurea, Bananal da Condessa Áurea Conde), Boa Esperança, Jardim Santana, Jardim Alvorada, Jardim Conceiçãozinha e Morrinhos.
BAIRRO JARDIM MONTEIRO DA CRUZ [ITAPEMA/SP].
LOGRADOURO NO BAIRRO VILA ÁUREA [ITAPEMA/SP].
UMA RUA NO BAIRRO JARDIM ENGUAGUASSÚ [ITAPEMA/SP] 2011.
BAIRRO JARDIM CUNHAMBEBE [ITAPEMA/SP] 2011. 
AVENIDA NO BAIRRO MORRINHOS [ITAPEMA/SP] 2010. 
O DISTRITO NA MARGEM ESQUERDA ITAPEMENSE/SP [DÉCADA DE 1980].

Tornou-se assim, uma grande área de concentração populacional da Ilha de Santo Amaro. No início do século XXI, ITAPEMA/SP conta com 130 mil habitantes - quase metade da população da Sede Balneária à época.
COM O PASSAR DAS DÉCADAS O CENTRO COMERCIAL DE ITAPEMA/SP (AV. THIAGO FERREIRA) SÓ FEZ CONSOLIDAR SEU CRESCIMENTO [ANOS DE 1970].
TRECHO DO ANTIGO CALÇADÃO EM ITAPEMA/SP [ANOS DE 1980].
PRAÇA 14-BIS - CENTRO DE ITAPEMA/SP.
REGIÃO CENTRAL DE ITAPEMA/SP [1987].


[Antigo comércio no Distrito itapemense]


Apesar de um início modesto, o comércio em ITAPEMA/SP sempre se deu de forma muito versátil. Seja através dos "ambulantes" informais (frutas, legumes, raízes, temperos, peixes, siris, caranguejos, doces caseiros, panelas, tecidos) ou no estabelecimento de pequenos comércios (bares, armarinhos, chaveiros, bazares, materiais para construção, utensílios domésticos, loja de móveis, roupas, sapatarias, relojoaria, avícolas, açougues, bicicletarias, oficinas de conserto de televisores e geladeiras).
"CAMELÔS" NO CALÇADÃO DA PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP].

Houve durante muito tempo intensa atividade de camelôs, atualmente regularizados nos camelódromos (Estação das Barcas e Praça 14-Bis) que vendem além de roupas, bolsas, cintos, carteiras, bonés, meias, guarda-chuvas, relógios, dvds, brinquedos, pilhas e baterias, suprimentos de jogos eletrônicos etc.
CAMELÓDROMO DA PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP].
OUTRO CAMELÓDROMO NA ESTAÇÃO DAS BARCAS [ITAPEMA/SP].
BOXES COMERCIAIS DO CAMELÓDROMO ITAPEMENSE/SP. 

Hoje, com seu próspero centro comercial concentra variada faixa de lojas e diversificado comércio: bancos, financeiras, escritórios diversos (contabilidade, advocacia, imobiliária), inúmeras lojas, magazines (eletro-domésticos, móveis, utilidades domésticas, decoração, cama, mesa e banho, tecidos, calçados, vestuário, acessórios de moda, cosméticos, perfumaria), consultórios médicos (dentistas, oftalmologia, estética), farmácias, óticas, escolas particulares (idiomas, computação, profissionalizante), agências de turismo, academias de ginástica, salões de beleza, barbearias, lojas para animais, lotéricas, bancas de jornal, bazares (aviamentos, armarinhos, presentes), papelarias, assistência técnica de eletro-eletrônicos, lojas de materiais elétricos e iluminação, supermercados, restaurantes, pizzarias, confeitarias, padarias, casa de produtos nordestinos, bares, lanchonetes, sorveterias, docerias, carrinhos de comidas (sanduíches, doces, salgados, churrasquinhos), constituem algumas das atividades estabelecidas no centro comercial itapemense. Sendo considerado um dos centros econômicos mais ativo da Baixada Paulista.
O DISTRITO ITAPEMENSE É UM DOS MAIS PRÓSPEROS CENTROS COMERCIAIS DA REGIÃO.
MOVIMENTO COMERCIAL REGIÃO CENTRAL DE ITAPEMA/SP.
LOJAS COMERCIAIS AO LONGO DA AV.THIAGO FERREIRA [ITAPEMA/SP].
O COMÉRCIO JÁ SE EXPANDE PELA AV. SANTOS DUMONT COMPONDO UM IMPORTANTE EIXO COMERCIAL DO DISTRITO ITAPEMENSE.
LOJAS COMERCIAIS AO LONGO DA AV. SANTOS DUMONT [ITAPEMA/SP].

Vicente de Carvalho, diz matéria publicada no jornal 'O ITAPEMA' (Ano II/Edição 54), "é local onde está situado o maior shopping a céu aberto da região. Na Av. Thiago Ferreira (e nas ruas transversais) estão instaladas inúmeras lojas, dos mais variados artigos e todas estão preparadas para atenderem aos consumidores que procuram novidades e bons preços..."
Há uma simbiose de comércio entre Itapema e a Sede Balneária, uma vez que faxineiros, zeladores, ambulantes, domésticas, trabalhadores de hotéis e restaurantes, com o crescimento do turismo passam a consumir mais no Distrito, onde boa parte reside.

Em 2003, só ITAPEMA/SP foi responsável por cerca de 13 milhões arrecadados com o Imposto Sobre Serviços (ISS) e apresentava baixos índices de inadimplência entre os contribuintes do município (IPTU). Reportagem de 'A TRIBUNA', da edição de 6 de Abril de 2004, por Nilson Regalado, comenta:
"(...)Para se ter uma idéia, dos R$ 37 milhões 313 mil inscritos na Dívida Ativa do município, apenas R$ 5 milhões 151 mil são devidos por contribuintes do antigo Itapema. O restante é fruto do calote de moradores de bairros mais nobres de Guarujá..."

4 comentários:

  1. como é bom saber da história do lugar onde moro! parabéns pelo blog

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  2. Muito bom,gostei de relembrar, conheço esse lugar desde 1956

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  3. Puxa!Maravilha,conhecer a história do Itapema,onde vivi 14 anos e conheci minha esposa que hoje estamos juntos 46 anos ,é simplesmente maravilhoso(1968/1982).

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  4. Há uma versão, que dá conta, de que o nome Itapema não nasceu com o povoamento iniciado por Jorge Ferreira. E sim pelos pescadores, que atracavam nos ancoradouros de barcos de pesca em meados do século 19, oriundos da cidade de Itapema, em Santa Catarina. Desmestificando a versão das origens conhecidas até hoje, sobre o morro da base, ou das pedras que a encontram frente ao Forte da Vera Cruz do Itapema como inspiração para o nome do lugar. Isso eu encontrei num documentário de entrevista com o conhecido Capitão, que sempre foi um historiador respeitado por suas pesquisas, por todos que o conheceram. Eu tive o prazer de conhecê-lo em seu antigo reduto comercial. Tanto na feira do rolo de Itapema, quanto Guarujá.

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