__________ Itapema, suas histórias... __________

sábado, 31 de outubro de 2015

UM LOBISOMEM EM ITAPEMA

LOBISOMEM!?... QUEM PODERIA PRECISAR A VERDADE DE CAUSOS E COISAS DESSE MUNDÃO.

Pelas bandas do Rio Acaraú, nas imediações da Rua São Paulo do Valão, pelos quintais da Rua São Miguel comentava-se pavorosamente, um Lobisomem anda espreitando as redondezas à noite.
Pareciam escutar ganidos horripilantes, furdunço madrugada afora. Grandes pegadas animalescas surgiram na lama das ruas. Algumas portas das casas amanheciam com arranhões de grossas unhas.
- Filho de uma cadela! - Praguejavam aqueles cuja pintura havia sido danificada.
Cada dia traziam novas notícias. Decerto podia estar morando escondido logo ali, no cemitério. Botou pra correr um casal que namorava numa travessa escura do Colégio. Galinhas, frangos, porcos desapareciam repentinamente das criações domésticas. O "portuga" da Panificadora Paicará amaldiçoava o sumiço de sacos de leite, deixado num tabuleiro da padaria na madruga (virou motivo de chacotas).
Dizia o Durval, duma feita ao atracar no "Portinho de Areia", ter visto do outro lado da margem espreitar um cachorro encorpado, negro, peludo, do tamanho de um homem.
O Cão estaria mais ensandecido na próxima sexta-feira, dia de lua quando a data daquele mês de Agosto seria 13. As mulheres eram quem mais temiam. Ele poderia aparecer primeiro na forma de homem sedutor...

Num quintal de cômodos geminados, a inquilina do cubículo da frente sintonizara seu rádio, que transmitia um programa evangélico. Revelação das sagradas escrituras, dali 25 anos da chegada do fatídico Ano 2000, o tão profetizado Apocalipse assolaria a Humanidade.
"...De 2000 não passará, aleluia! Coisas sinistras hão de acontecer... Arrepende-te agora, pecador. Quando aparecer o escarnecedor Anticristo, o mundo ficará de cabeça pra baixo. Doenças consumirão o Homem. Catástrofes levarão muitas vidas... E nós já vemos estes sinais nos nossos dias. O final dos tempos está próximo, irmãos..." - Esgoelava-se o Presbítero pelas ondas da rádio AM, garantindo ter a salvação. Encucando temor nos pensamentos da mulher... Então clamou aos céus perdões e bençãos, despediu-se para os reclames comerciais.
- Fala certo o Pastor. Esse mundo tá virado, Seo... Até Bebê-diabo tem nascido. Viu aquela reportagem na banca de jornal do "coiso"? E agora, um Lobisomem à solta. 

- O moço acredita num assunto desse? - Indaga irônico o proprietário do quintal de cômodos, que viera para a vistoria semanal. Ficava por ali como quem não quisesse ser notado, mas lhe era impossível.
Seleno acabara de acordar com o falatório, a radiodifusão das calamidades mundiais, e dirigia-se ao banheiro comum a todos. Nem deu importância.
- Aluguel atrasou... Está esquecido do nosso trato?
- Logo cedo, Seo Vilela...
- Quem trabalha não acorda tarde. - Responde o senhorio mansamente.
- Fique despreocupado, até meia-noite é dia. Tenho uns cruzeiros aí pra receber.
- Deus lhe ouça...
- Seo Vilela... Não me leve à mal. O senhor é o próprio lobo em pele de cordeiro.
- Cutuquei a onça com vara curta, foi?
Fechou a porta do banheiro... Tudo aquilo parecia mexer com ele lá por dentro.
- Que vontade besta têm algumas pessoas... - Disse para si mesmo. - Em atazanar o juízo dos outros.
Perdera o prazer de dormir e acordar. Toda vez era um despertar para sua calamitosa realidade. Descia o manto da noite sobre Itapema, ouvia-se os atabaques dos terreiros ritmar a gira. As encruzilhadas iluminadas de velas. Perambulava nas madrugadas pelos bares. Conseguia algumas doses e por vezes apagava. Era como se tivesse pesadelos, cujas imagens sobrevinham pela manhã repercutindo em sua mente... Sirene, latidos, disparos. Perseguiam-no, saltava telhados de chalés, barracos, derrubando cercas de ripa... Embrenhava-se num matagal qualquer, parecido com os charcos da Vila Áurea... Uivos!? Talvez ele... Inquiria a superfície enegrecida do espelho acima da pia.

A inquilina do cubículo encetava conversa, enquanto estendia as roupas no varal. Seu rádio naquele instante passou a tocar os Sucessos da Parada.
- Eu me pelo de medo de assombração!...
- Lobisomem é criatura das trevas, Dona.
- Não assombra do mesmo jeito? - Tinha a imaginação excitada. Quem na redondeza seria o filho caçula de uma prole de seis mulheres? Que família teria herdado semelhante maldição da lua cheia? Podia ser até invenção do povo, mas a verdade é que o cachorro de Dona Rosário danou-se a querer dormir ao anoitecer dentro de casa, choramingando à soleira da porta.
- Valei-me, meu São Jorge Guerreiro!... Sangue de Jesus tem poder! - Esconjurava ela, o pregador no canto da boca. Notando o cenho franzido de Seo Vilela. Proteção nunca era demais.
Perturbou-se o moço com as próprias impressões tiradas. Em algum lugar dentro dele, o demônio atocaiava silencioso sua alma. Prestes a encher-lhe o corpo de pêlo, afiar-lhe as presas medonhas até transformá-lo naquela criatura infernal.
Vencido o aluguel, Seleno vendeu o pouco de tralhas que possuía e fez as malas. Estranhamente, nunca mais ouviu-se falar no Lobisomem. Pelo menos ali...
    

sábado, 10 de outubro de 2015

AS BARCAS DE ITAPEMA

A BARCA DEIXA PASSAGEIROS NA ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP.

Em 4 de Setembro de 1893, ao tornar-se rota de acesso à Vila Balneária de Guarujá para o veraneio da Alta Sociedade paulista, é implantado o Serviço de Travessia Marítima através de Barcas. Vindo da Estação santista em frente a Alfândega (Pça. República) e chegando em ITAPEMA/SP.
O Serviço de Transporte também era integrado por Locomotiva a vapor e Tramway, que completavam o percurso até as praias da Estância Balneária.
Na margem itapemense constroem uma Estação com píer telhado ao longo do acesso e prédio em estilo maneirista neoclássico com uma grande arcada de acesso ornada com gradil decorativo em ferro e pilares à vista decorados de arabescos. Sua fachada estampava o nome 'ITAPEMA', abaixo do brasão em relevo duma concha Vieira-rainha à guarda de dois peixes quiméricos. Possuía mastro para hasteamento de bandeira a encimar o ornato neoclássico do frontão e grandes janelas coloniais de cada lado.
ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP NA MARGEM ESQUERDA DO PORTO.

Navegavam a princípio as lanchas 'Cidade de São Paulo' e 'Cidade de Santos'.
A inauguração contou com 60 convidados e as presenças de Bernardino de Campos (Presidente do Estado), Vicente de Carvalho (poeta), Joaquim Arcoverde (Bispo coadjutor), deputados estaduais, dentre outras autoridades.
Waldemar Stiel, relata no seu livro 'História dos Transportes Coletivos de São Paulo':
"(...)O trem da SPR, com várias autoridades chegou a Santos [Sábado] às 13:30, e em bondes especiais dirigiram-se à Alfândega, onde tomaram o vaporzinho 'Cidade de São Paulo' a fim de atravessar o estuário..."
BARCA ITAPEMENSE CHEGA A ESTAÇÃO NA MARGEM ESQUERDA DA ILHA DE SANTO AMARO.

Ou como registra o jornalista em matéria do 'Correio Paulistano', editado na Capital, publicada dias após o evento:
"(...)A chegada em Santos deu-se por volta das 13,40 horas. Grande massa do povo enchia a gare São Paulo Railway. Uma Companhia de Guerra desse corpo postado à frente da Estação prestou ao Exmo. Sr. Presidente as mais diversas homenagens. Vários bondes especiais aguardavam os convidados, que foram transportados à ponte da Alfândega, onde o vapor 'Cidade de São Paulo', o elegante "yacht" para viagens de recreio, aguardava-os para levá-los à tão querida Ilha de Santo Amaro..."
APROXIMAÇÃO DA BARCA NO ANCORADOURO DE ITAPEMA/SP [1915].
FUNCIONÁRIOS DOS SISTEMA DE TRAVESSIA MARÍTIMA DE BARCAS DE ITAPEMA/SP [BOCAINA - CANTO DA CORUJA] 1909.

De passagem por aqui no ano de 1898, Alfredo Pinto Moreira publica reportagem no 'Jornal do Comércio', do Rio de Janeiro:
"Toma-se no cais das Docas uma lancha que, após curta travessia, chega ao lugar denominado Itapema, na Ilha de Santo Amaro..."
Em 1911 aquisição de mais duas Barcas ('Paquetá' e a primeira Barca nominada 'Itapema') encomendadas a um Estaleiro holandês. No ano de 1912 circulavam as lanchas a vapor 'Itapema', 'Iracema', Roberto de Vasconcelos', 'Dr. Melcher' e 'J. Pimenta'.
Este seria o único trajeto a Estância Balneária até 1918.
BARCA ITAPEMENSE SINGRA AS ÁGUAS DO ESTUÁRIO [DÉCADA DE 1920].

A travessia de Barcas entre ITAPEMA/SP [Vicente de Carvalho] e a vizinha cidade santista dura cerca de 15 minutos. Retardada consideravelmente pelo tráfego de navios no Porto, senão quando baixa intenso nevoeiro sobre o estuário.
Além dos Turistas, as Barcas itapemenses transportavam os moradores locais e passou a interligar facilmente o Distrito à Baixada Paulista, com a movimentação dos habitantes das cidades litorâneas.
Eduardo Etzel em seu livro 'Guarujá & Eu', conta como era a cobrança da passagem no final da década de 1940:
"(...)Naquela época se comprava um bilhete ainda na Estação de Barcas de Santos. Esse bilhete poderia ser simples (apenas a viagem de Barca e o passageiro ficava em Vicente de Carvalho) ou duplo, metade verde, metade vermelho (ou rosa), sendo que os funcionários da Empresa picotavam o verde para o embarque na Barca (ainda em Santos) e o vermelho antes de se embarcar no Tramway, já no acesso às plataformas. Os bilhetes também valiam para a volta, e as partes vermelha e verde eram recolhidas durante as respectivas viagens."
2ª BARCA  BATIZADA 'ITAPEMA' ATRACADA NO PÍER DA ESTAÇÃO ITAPEMENSE.
2ª BARCA BATIZADA 'ITAPEMA' SENDO PREPARADA PARA NAVEGAÇÃO [ANOS DE 1950].

No início dos anos de 1950, passa a navegar a segunda Barca batizada 'Itapema'.
Estatísticas fornecidas pela gerência do Sistema de Travessia de Barcas de ITAPEMA/SP, indicam que em 1953 circulavam 1.940 passageiros. Pelo ano de 1955 ocorre aumento significativo - 2.600 passageiros.
Na virada da década em 1960, o número de usuários é de 4.000. Então subindo para 5.000 passageiros no ano de 1962.
1963 - é entregue a Barca 'Adhemar de Barros', feita de aço. Capacidade para 400 pessoas.
ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP - DÉCADA DE 1960.
BARCA 'ADHEMAR DE BARROS' NO PÍER DA ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP [ANOS DE 1960].
ESTAÇÃO ITAPEMA/SP - PANORÂMICA MARGEM ESQUERDA ITAPEMENSE.
 
A partir de meados dos anos de 1970, outras Barcas vão integrando-se a frota: a terceira Barca nominada 'Itapema', com capacidade de 200 passageiros. 'Caneú', capacidade para 170 pessoas. 'Paicará' (1972), comportando 674 passageiros. 'Cubatão' (1978), com capacidade de 200 pessoas. 'Piaçaguera' (1979), capacidade para 185 passageiros. 'Embaré', comportando 200 passageiros. 'Valongo'.
BARCA 'ADHEMAR DE BARROS' CRUZA O ESTUÁRIO DO PORTO - TRAVESSIA ITAPEMENSE [DÉCADA DE 1970].
BARCA RETORNA À MARGEM ITAPEMENSE [ANOS DE 1970].

Com o passar das décadas, o número de passageiros foi cada vez mais aumentando seu contingente, constituído de grande massa trabalhadora (do Porto, comércio e serviços) tanto de pedestres quanto de ciclistas.
Dados de 03 de Julho de 1983, apontam que o Serviço de Barcas atendia cerca de 20 mil usuários na travessia Itapema/Stos. Sendo a tarifa cobrada em cada ponto de embarque entre as cidades.
BARCAS ITAPEMENSES NAVEGAM NO ESTUÁRIO DO PORTO.
3ª BARCA BATIZADA 'ITAPEMA' ATRACADOURO DA ESTAÇÃO ITAPEMENSE.

Depois de décadas o Sistema de Travessia Marítima de Barcas teve substituída sua frota de embarcações, com a aquisição de novas Barcas padronizadas para o transporte de passageiros. Em Abril de 2013, entrega de duas lanchas, tipo catamarã, LS-01 'Menina da Praia' e LS-02 'Sereia'. Construídas integralmente em fibra especial, o casco duplo garante a navegação com maior estabilidade. Bem como os motores mais silenciosos e de melhor desempenho. Seu desenho moderno, o uso de material de última geração, acessibilidade facilitada separação de pedestres e bicicletas, proporcionaram mais conforto, segurança, para os usuários da Travessia itapemense.
BARCA 'MENINA DA PRAIA' NA ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP.
NOVA GERAÇÃO DE BARCAS ITAPEMENSES SINGRAM O ESTUÁRIO DO PORTO.
A NOVA GERAÇÃO E O ANTIGO MODELO DE BARCA CRUZAM-SE NA TRAVESSIA MARÍTIMA ITAPEMENSE.

Pelo mês de Janeiro de 2014, começa a circular a Barca LS-03 'Guará Vermelho', capacidade para acomodar 370 passageiros, poltronas dotadas de encosto de cabeça, ar-condicionado, sistema interno de tv, câmeras de vigilância e bicicletário (para 50 bicicletas). Encomendada a um Estaleiro em Belém, do Pará, ao custo de R$ 7,2 milhões.
Meses depois integra-se a nova frota, a Barca LS-O4.
PASSAGEIROS DESEMBARCAM NA ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP.
DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS ESTAÇÃO ITAPEMENSE/SP.
FILA PARA O ACESSO À TRAVESSIA - PONTÃO DAS BARCAS [ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP].

Os constantes atrasos então registrados no itinerário, a necessidade de melhoria da frota de Barcas, como noutros tempos de precariedade, denotam a dependência do Serviço de Travessia por parte da população, seu permanente fluxo de pessoas.
Números deste período, informados pelos administradores dão conta que em média 18 mil passageiros utilizam diariamente o Serviço de Barcas itapemense.
PARTE DE TRÁS DA ESTAÇÃO DAS BARCAS EM ITAPEMA/SP.

Lugar referencial na cidade, o "Pontão das Barcas" é o largo atrás da Estação itapemense. Local de fluxo dos usuários da Travessia Marítima de Barcas e catráias. Encontro do pessoal da estiva, marinheiros, pescadores.
Serviu também como plataforma de embarque para a Estrada de Ferro (SP-2066) ITAPEMA/Gjá (de 1893 à 1956). Ponto de Saída das Linhas de ônibus e táxis.
PLATAFORMA DE EMBARQUE PARA O TRAMWAY - "PONTÃO DAS BARCAS" [ITAPEMA/SP}.
"PONTÃO DAS BARCAS" EMBARQUE LINHAS DE ÔNIBUS PARA OS BAIRROS PARQUE ESTUÁRIO E MONTEIRO DA CRUZ [ITAPEMA/SP] - 1963.
"PONTÃO DAS BARCAS" - LARGO ATRÁS DA ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP.
"PONTÃO DAS BARCAS" - LARGO DA ESTAÇÃO ITAPEMENSE/SP.
"PONTÃO DAS BARCAS" - LARGO DA ESTAÇÃO EM ITAPEMA/SP [2012].

Na localidade desenvolveu-se perene comércio: bares, estacionamento de bicicletas e motos, pastelarias, lojinhas, quiosques, barracas de frutas, banca de jornal, dentre outras atividades. Atualmente comporta um camelódromo, boxes onde se vende grande variedade de produtos.
"PONTÃO DA BARCAS" E SEU CAMELÓDROMO [ITAPEMA/SP].
CAMELÓDROMO NO "PONTÃO DAS BARCAS" - ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP.
"PONTÃO DAS BARCAS" - LARGO DA ESTAÇÃO ITAPEMENSE/SP [2011].

Passado tantos anos da Travessia Marítima itapemense, sua Estação de passageiros sofreu ampliações e consideráveis reformas, que de certo modo descaracterizaram a arquitetura original. Seja no prédio desprovido do decorativo neoclássico, quanto no píer de atracação das Barcas e rampa de acesso. 
Por esta longeva importância histórica merece a muito um olhar de cuidado afim de promover a preservação, seu tombamento como patrimônio histórico.
ESTAÇÃO DAS BARCAS DE ITAPEMA/SP NOS DIAS ATUAIS.
PRÉDIO ESTAÇÃO DAS BARCAS DE ITAPEMA/SP E RAMPA DE ACESSO [2011].
PANORÂMICA ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP - MARGEM ESQUERDA DA ILHA DE SANTO AMARO [2010].

Os modelos de Barcas também variaram ao transcorrer do tempo, conforme a tecnologia de navegação da época. Lanchas, boats, catamarãs (a vapor, óleo diesel), construídos por Estaleiros estrangeiros e do Brasil. Embarcações feitas em madeira, ferro ou mais recentemente, fibra. 
BARCA ITAPEMENSE CRUZA O ESTUÁRIO - AO FUNDO MARGEM DA BOCAINA [ITAPEMA/SP] ANOS DE 1920.
2ª BARCA BATIZADA 'ITAPEMA' ATRACA NO PÍER DA ESTAÇÃO ITAPEMENSE/SP.
BARCA 'PAICARÁ' SINGRA O ESTUÁRIO DO PORTO EM DIREÇÃO À ITAPEMA/SP.
BARCA 'CUBATÃO' - TRAVESSIA MARÍTIMA ITAPEMENSE/SP.
3ª BARCA BATIZADA 'ITAPEMA', 'CANEÚ' E 'ADHEMAR DE BARROS' RECOLHIDAS À MARGEM ESQUERDA ITAPEMENSE.
BARCA 'PIAÇAGUERA' ATRACADA MARGEM DE ITAPEMA/SP.
BARCA 'ADHEMAR DE BARROS' ATRACADOURO ESTAÇÃO DE ITAPEMA/SP.
BARCA ITAPEMENSE PASSA DEFRONTE O FORTE DE ITAPEMA/SP.

Pois bem, lá se vão 122 anos de Travessia Marítima, uma das mais antigas do Estado de São Paulo, ligando Itapema às demais cidades da Baixada Paulista.