__________ Itapema, suas histórias... __________

sábado, 20 de dezembro de 2014

ENTÃO É NATAL... ITAPEMENSE

MENINA E PAPAI NOEL NO NATAL ITAPEMENSE [ANOS DE 1950].
                                   * SUBLIME JULGAMENTO *
                                         (O menino pobre)

           Papai Noel não viu meu sapatinho,
                     Tão descuidado nem olhou pra mim
                     Ele passa de longe, de mansinho,
                     Há muito tempo que ele faz assim.

                     Mas não faz mal... A casa do vizinho
                     Também precisa dele, eu sei, enfim
                     Lá tem menino sempre vestidinho,
                     Mas eu nesta nudez que não tem fim.

                     Ele não tem, talvez, a culpa disto,
                     Eu sei e juro até por nosso Cristo
                     Que ele é bom, muito, cheio de anelo

                     Mas se presente é posto no sapato
                     O seu engano prende-se a este fato
                     Porque eu jamais os tive... Só chinelo.

                                 LYDIO MARTINS CORRÊA, poeta itapemense.










Considerou bom augúrio ser escolhido para representar a figura de Papai Noel. Aposentado, o "bico" de  final de ano garantiria a ceia de Natal e a lista de remédios... Mal se reconheceu no traje escarlate, a barba postiça cobrindo-lhe as rugas. Sua voz por encanto mudara.
Desceu de helicóptero no centro, a multidão aguardava ansiosa. Os sinos da catedral badalavam acompanhado do coro solene de anjos de auréolas tortas. Cumprindo-se a noite feliz ofereceram-lhe a chave da cidade. Muito além das medidas para abrir qualquer porta, e do alto não vira tantas chaminés assim. Como agradecimento fez soar a inconfundível risada rouca aprendida dos sósias. Logo depois foi conduzido ao pedestal da árvore reluzente, cenário em que a quimera natalina se completava...
PAPAI NOEL EM FRENTE A SUA CASA PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP] 2012.

A fila acorria interminável até ele para confidenciar seus desejos, um turbilhão de lágrimas e sorrisos comoventes:
- Quero uma boneca que fala para brincar comigo. Porque não tenho nenhum amiguinho. O senhor dá? Promete?
- O meu pedido... É que Deus do céu me desse mais alguns meses de vida. Não me leve antes do meu neto nascer. Eu vi os exames!. Ninguém dá nada por mim. Fala com ele!!
- Eu queria uma roupa nova pro natal. Que o senhor conseguisse emprego pro meu pai. - Pediu o engraxate. Olhos fitos nele, a suplica confiante dos demais. Como se todos depositassem suas derradeiras esperanças naquele saco de surpresas.

Dominado pelo conflito ele pouco atinava como atender tais pedidos, e que Papai Noel algum realizaria... Ah, míseras crianças! Acaso soubessem que não passava de um inocente "faz-de-conta". Por baixo daquela roupa escondia-se um velho desafortunado.
Enlouquecia a cada aproximação temendo o próximo pedido. Desiludido arrancou as vestes e saiu correndo pela rua.
                              
                               ('Obrigações de Papai Noel', URBAIN G.)

SOBRADO ILUMINADO BAIRRO PAE CARÁ [ITAPEMA/SP] NATAL 2011.
ILUMINAÇÃO NATALINA AV. THIAGO FERREIRA [ITAPEMA/SP] 2011.
ÁRVORE DE NATAL MONTADA NA PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP].
CASINHA DO PAPAI NOEL PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP] NATAL 2012.



3 ATOS DE NATAL, traz à cena adaptações de contos natalinos para o Teatro extraídas das histórias de O. Henry, Miroel da Silveira, Gabriela Rabelo e Arcádio Averchenko. Formada por três atos mais um entreato, a peça focaliza momentos inusitados na véspera de Natal. O espetáculo procura apresentar uma visão crítica e sensível sobre esta data tão emblemática para os povos do Ocidente.
1º Ato 'OS PRESENTES DOS MAGOS', de O. Henry - Casal (Del e Jota) em situação financeira difícil sacrifica o que tem de mais caro para agradar quem se ama.
2º Ato 'PRESENTE DE NATAL', de Miroel da Silveira - Mostra um pai (Angelino) vagando pela rua angustiado por cumprir a promessa, quase impossível, de comprar um presente.
Entreato 'O NATAL DE PELOAVESSO', de Gabriela Rabelo - Fala do verdadeiro valor do presente, quando uma menina "cheia de vontades" atendidas por uma mãe complacente cruzam o caminho de um menino pobre e um mendigo durante as compras.
3º Ato 'UM ASSUNTO VULGAR', de Arcádio Averchenco - Numa conversa regada a vinho Dojo e Polto, figuras carismáticas, discutem a relação das pessoas com a data natalina ao encontrarem a suposta criança "que passa fome na noite de Natal".
No Elenco da Teatral Oficina 1 - ROBERTA SANTANA (Del), JAIR ALVES (Jota), EDUARDO AUGUSTO (Angelino), DANNY (Madame), IOLANDA TEIXEIRA (Menina "cheia de vontades"/Emanuel), MARIANA ALMEIDA (Menino pobre), LUIZ CASTELÕES (Mendigo), NÍVIA MARIA (Dojo), ANDREZA DOS SANTOS (Polto), TUANE SANTOS (Criança "que passa fome na noite de Natal) e ADRIANA SILVA (Serafim). Adaptação e Direção: URBAIN G.
Apresentações 19 e 20 de Dezembro de 2007, às 20:30h. - Teatro Procópio Ferreira.
3 ATOS DE NATAL [2007] - COMPRAS NATALINAS - TEATRAL OFICINA 1 DIREÇÃO: URBAIN G.
3 ATOS DE NATAL [2007] - 'OS PRESENTES DOS MAGOS', DE O. HENRY - TEATRAL OFICINA 1 DIREÇÃO: URBAIN G.
3 ATOS DE NATAL [2007] - 'PRESENTE DE NATAL', DE MIROEL DA SILVEIRA - TEATRAL OFICINA 1 DIREÇÃO: URBAIN G.
3 ATOS DE NATAL [2007] - 'OS PRESENTES DOS DOS MAGOS' (CENA ADICIONAL), DE O. HENRY - TEATRAL OFICINA 1 DIREÇÃO: URBAIN G.
3 ATOS DE NATAL [2007] - ENTREATO 'O NATAL DE PELOAVESSO', DE GABRIELA RABELO - TEATRAL OFICINA 1 DIREÇÃO: URBAIN G.
3 ATOS DE NATAL [2007] - 'UM ASSUNTO VULGAR', DE ARCÁDIO AVERCHENCO - TEATRAL OFICINA 1 DIREÇÃO: URBAIN G.

A tradição da Natividade faz-se presente nos moradores de ITAPEMA/SP, seja com os enfeites (guirlanda à porta de entrada, árvore de Natal, anjos dependurados, dentre outros símbolos natalícios), tanto como iluminação natalina de suas casas. Ou aqueles que realizam a montagem de presépios a frente das residências, atraindo visitantes.
PRESÉPIO NATALINO MONTADO NA PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP] ANOS DE 1980.




Tantas brigas por causa de se querer um filho, aí de repente ela embucha e pari uma criança... Que nem parecida com ele é!
Não seria o caso de desgostar do fedelho, embora a estória estivesse mal contada. Se tanto tempo passou nada acontecendo carecia revelar tal mistério. Prova esta que ela sempre pode dar à luz... Quanto ele? Incapaz, talvez.
"Por obra e graça do Espírito Santo!?" - Só de supor naquele desatino as idéias turvavam-lhe a alma. Preferiu não alimentar discórdias bem algum faria ao bebê. Amâncio recebia o recém-nascido como seu...
Na janela do táxi renovava-se a cada instante cenas da vida cotidiana. A troca de olhares mudos entre ambos calava-lhes a voz. Suas dúvidas meditadas no coração. Num a chaga, noutro o encantamento.
Foi decerto milagre de Deus aquela gravidez. Por ventura assim houvesse ocorrido é porque o Pai caridoso tinha seus propósitos. Com uma prima sua sucedera igualmente, trazido como no sonho pelo anjo... Imaculada batizava-o em lágrimas, ela que amaldiçoou seu ventre por achá-lo estéril. Uma dessas adivinhonas viu nas cartas que seria homem de prestígio. Não havia importância no lugar simples onde nasceu. Dali sairia um rei...
Estranhamente na visita, Timóteo prometeu endireitar da bebedeira. Disposto a ser padrinho do garoto não queria dar exemplos ruins para o afilhado. Saião mandava recado poupando a mulher das surras constantes. Amém, fariam do cortiço um doce lar pra se conviver.

O carro freou atiçando a revoada de pombos que ciscavam no asfalto. Endiabrado, o velho Nicuri veio ao encontro do casal. Ergueu o rebento sobre a cabeça, consagrando-lhe palavrões carinhosos. Sendo época de Natal, chamou-lhe Nataniel.
Samba e forró comiam as chinelas no terreiro em louvor a chegada do Menino... Prósperos os Homens que se querem bem, cujos pés seguem a vereda da Paz!

                                             ('O Milagre do Menino', URBAIN G.)


CASINHA DO PAPAI NOEL RECEBE VISITA DE CRIANÇAS - PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP]
ÁRVORE NATALINA PRAÇA 14-BIS [ITAPEMA/SP] NATAL 2011.
ITAPEMA/SP ILUMINADA PARA O NATAL DE 2012.
ILUMINAÇÃO NATALINA PRAÇA14-BIS [ITAPEMA/SP] 2020.
ITAPEMA/SP -  TODA LUZ ILUMINE SEU CAMINHO.


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