CONHEÇA OS CRAQUES DE BOLA DA ILHA DE SANTO AMARO QUE FIZERAM HISTÓRIA NO FUTEBOL.
O Futebol sempre estimulou os sonhos dos garotos brasileiros e não seria diferente na Ilha de Santo Amaro, especialmente em ITAPEMA/SP. Aqui nasceu o centenário Itapema Futebol Clube (fundado na data de 11/12/1915), time que fez história no futebol amador da Baixada Litorânea Paulista. Outros Clubes mais do Distrito itapemense, bem como da Sede Balneária cultivaram o gosto pelo esporte "paixão nacional", onde jogaram tantos boleiros da Ilha santo-amarense. Por seus Campos da várzea, palco lúdico do drible desconcertante, o desarme firme, um chute certeiro, a bossa do gosto pela vitória, os primeiros passos nos gramados brasileiros. Praticamente, único divertimento de homens e rapazes naqueles tempos. Sonhar que embora pequeno, pudesse ser grande. Seu talento brotando do chão original, a revelar para o futebol profissional do Brasil e Mundial, os Craques de Bola da Ilha.
XAXÁ LOPES - PONTA-DIREITA PORTUGUESA DE DESPORTOS [INÍCIO DÉCADA DE 1970].
XAXÁ - Maximiliano Rodrigues "XAXÁ" Lopes, nascido no dia 27 de Dezembro de 1951 (pelas mãos de Ana Parteira), em ITAPEMA/SP, Litoral do Estado de São Paulo. Começou a jogar bola em times da várzea de Itapema, até ser encaminhado às categorias de base da Associação Atlética Portuguesa (A.A.P.), a "Briosa" Santista, no ano de 1967. Meia-direita de origem, com qualidade técnica, depois passou a atuar como Ponta-direita.
E.C. CONFIANÇA - O JOVEM JOGADOR XAXÁ NOS GRAMADOS ITAPEMENSES - FESTIVAL CAMPO DO ITAPEMA F.C. [FINAL DÉCADA DE 1960].
Aventurou-se nos Clubes grandes da cidade de São Paulo. Apesar de bem recebido, o garoto Xaxá não quis ficar no Parque São Jorge. A oportunidade de vestir a camisa do Sport Club Corinthians esbarrou na dificuldade de se acostumar com os hábitos da rotina febril da Capital paulista. Vivia também o Alvinegro Mosqueteiro a fase de jejum de títulos, sendo muitas às pressões.
Mas, o jovem jogador não suportaria mesmo os momentos de saudade, e voltou quase que sigilosamente para casa. Longe da família, recordou do tempo das "peladas" nos campos itapemenses. Da rápida ascensão na A.A. Portuguesa, de Ulrico Mursa e ainda, o surpreendente interesse do Clube de Vila Belmiro, o Santos Futebol Clube, em virtude do seu bom futebol.
O JOVEM BOLEIRO XAXÁ VESTE A CAMISA DO S.C. CORINTHIANS PAULISTA.
Mas, o jovem jogador não suportaria mesmo os momentos de saudade, e voltou quase que sigilosamente para casa. Longe da família, recordou do tempo das "peladas" nos campos itapemenses. Da rápida ascensão na A.A. Portuguesa, de Ulrico Mursa e ainda, o surpreendente interesse do Clube de Vila Belmiro, o Santos Futebol Clube, em virtude do seu bom futebol.
A.A. PORTUGUESA, A "BRIOSA" DE ULRICO MURSA - XAXÁ ESCALADO COMO TITULAR [FINAL DA DÉCADA DE 1960].
O aproveitamento de Xaxá entre os profissionais não demorou. Sua primeira negociação deu-se aos 17 anos, com o São Paulo Futebol Clube. Treinou e convenceu, porém o alto preço exigido pelos Cartolas da "Briosa" assustou a Diretoria do Tricolor do Morumbi, que o fez retornar a Ulrico Mursa.
Com o Técnico Lula, da "Briosa" desempenhou função no setor de meio-campo, às vezes enfiado pela direita.
Com o Técnico Lula, da "Briosa" desempenhou função no setor de meio-campo, às vezes enfiado pela direita.
Xaxá tornou-se um ligeiro e habilidoso Ponta-direita, que compensava sua pouca estatura jogando futebol rápido, sempre ofensivo, atento ao esquema tático, coisa que habitualmente agradava os torcedores.
XAXÁ DRIBLA QUATRO JOGADORES DO BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE, O "FOGÃO" DO INTERIOR [CAMPEONATO PAULISTA].
Aconteceu do Técnico João Avelino, da Associação Portuguesa de Desportos (A.P.D.), assistir uma partida envolvendo PORTUGUESA SANTISTA X BOTAFOGO/SP (Ribeirão Preto). Admirado com o estilo atrevido do jogador Xaxá, recomendou aos Diretores da "Lusa" contratar a jovem revelação para reforçar a equipe do Canindé. Negociado então, na temporada de 1970.
PORTUGUESA DE DESPORTOS (A.P.D.), A "LUSA" - EM PÉ: LUÍS AMÉRICO, FOGUEIRA, ULISSES, MARINHO PERES, ORLANDO E ARENGHI. AGACHADOS: XAXÁ, LORICO, CABINHO, TATA E PIAU [TEMPORADA 1971].
PORTUGUESA DE DESPORTOS (A.P.D.) - EM PÉ: FOGUEIRA, DEODORO, ULISSES, LUÍS AMÉRICO, MARINHO PERES E ORLANDO. AGACHADOS: XAXÁ, LORICO, CABINHO, BASÍLIO E PIAU [TEMPORADA 1972].
Dotado de peculiar habilidade, o Treinador João Avelino tratou de providenciar que Xaxá atua-se pela Ponta-direita. Sua adaptação não foi difícil e o consagrou. Seus dribles insinuantes, o jeito humilde e dedicado, além do rosto de menino, fizeram-no cair nas graças da exigente torcida da Portuguesa de Desportos.
A identificação foi tamanha, que o ponta Xaxá seria escolhido para assumir o papel de herói numa Revista em Quadrinhos, idealizada pela Diretoria com o objetivo de tornar a "Lusa" mais popular entre a garotada.
Em 1973, devido reformulação no elenco da Portuguesa de Desportos, após campanha ruim no ano anterior, Xaxá (pouco aproveitado) ganha de vez a Camisa 7 e a confiança do Técnico Otto Glória. Formando a base do competitivo time daquele memorável ano.
Xaxá jogou a polêmica Final do Campeonato Paulista de 1973, contra o Santos F.C. de Pelé, Edu, Carlos Alberto Torres, para citar alguns do forte escrete santista. 116 mil espectadores tomaram as arquibancadas do Cícero Pompeu de Toledo (o "Morumbi"), numa tarde de Domingo, do dia 26 de Agosto. Foi bastante equilibrado o jogo, de muita marcação, com chances de ambos os times, bem como um gol anulado da Portuguesa de Desportos. Após 120 minutos (tempo regulamentar e prorrogação) a partida terminou empatada - SANTOS 0 X 0 PORTUGUESA. Indo para a decisão por pênaltis.
O árbitro Armando Marques, num equívoco grosseiro, enganou-se na contagem durante as cobranças de penalidades máximas, quando o placar marcava SANTOS 2 X O PORTUGUESA. Embora a "Lusa" tivesse duas cobranças por efetuar, mesmo havendo perdido três pênaltis em sequência. Existia pois, a possibilidade do empate e respectiva continuação das penalidades máximas alternadas. Até se conhecer o legítimo Vencedor. Sequer apercebeu-se do erro, decretou o Santos F.C. como ganhador da partida e consequente Campeão. Somente 15 minutos depois alertaram o Árbitro, mas já era tarde tinham posto a mão na Taça. O time da Portuguesa de Desportos, ainda que constatado a "lambança", resignou-se deixando o gramado. Sua Diretoria protestou junto a Federação (F.P.F.) e a "Lusa", do Canindé acabou dividindo o título de Campeão do Campeonato Paulista de 1973, com o Alvinegro de Vila Belmiro.
A identificação foi tamanha, que o ponta Xaxá seria escolhido para assumir o papel de herói numa Revista em Quadrinhos, idealizada pela Diretoria com o objetivo de tornar a "Lusa" mais popular entre a garotada.
SUPER XAXÁ HQ DO HERÓI PONTA-DIREITA DA PORTUGUESA DE DESPORTOS [INÍCIO DÉCADA DE 1970].
ELEITO PELA CRÔNICA ESPORTIVA O MELHOR EM CAMPO, XAXÁ DEIXA O GRAMADO LEVANDO SEU PRÊMIO.
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS (A.P.D.) - XAXÁ ESCALADO NA PONTA-DIREITA DO ATAQUE DA "LUSA" DO CANINDÉ [VENCEDOR DO TORNEIO QUADRANGULAR DE GOIÁS 1972].
Em 1973, devido reformulação no elenco da Portuguesa de Desportos, após campanha ruim no ano anterior, Xaxá (pouco aproveitado) ganha de vez a Camisa 7 e a confiança do Técnico Otto Glória. Formando a base do competitivo time daquele memorável ano.
Xaxá jogou a polêmica Final do Campeonato Paulista de 1973, contra o Santos F.C. de Pelé, Edu, Carlos Alberto Torres, para citar alguns do forte escrete santista. 116 mil espectadores tomaram as arquibancadas do Cícero Pompeu de Toledo (o "Morumbi"), numa tarde de Domingo, do dia 26 de Agosto. Foi bastante equilibrado o jogo, de muita marcação, com chances de ambos os times, bem como um gol anulado da Portuguesa de Desportos. Após 120 minutos (tempo regulamentar e prorrogação) a partida terminou empatada - SANTOS 0 X 0 PORTUGUESA. Indo para a decisão por pênaltis.
OS JOGADORES PERFILADOS ENTRE ELES O PONTA-DIREITA XAXÁ - DECISÃO PORTUGUESA X SANTOS [CAMPEONATO PAULISTA 1973].
O árbitro Armando Marques, num equívoco grosseiro, enganou-se na contagem durante as cobranças de penalidades máximas, quando o placar marcava SANTOS 2 X O PORTUGUESA. Embora a "Lusa" tivesse duas cobranças por efetuar, mesmo havendo perdido três pênaltis em sequência. Existia pois, a possibilidade do empate e respectiva continuação das penalidades máximas alternadas. Até se conhecer o legítimo Vencedor. Sequer apercebeu-se do erro, decretou o Santos F.C. como ganhador da partida e consequente Campeão. Somente 15 minutos depois alertaram o Árbitro, mas já era tarde tinham posto a mão na Taça. O time da Portuguesa de Desportos, ainda que constatado a "lambança", resignou-se deixando o gramado. Sua Diretoria protestou junto a Federação (F.P.F.) e a "Lusa", do Canindé acabou dividindo o título de Campeão do Campeonato Paulista de 1973, com o Alvinegro de Vila Belmiro.
PORTUGUESA DE DESPORTOS (A.P.D.), A "LUSA" - EM PÉ: PESCUMA, ZECÃO, BADECO, ISIDORO, CALEGARI E CARDOSO. AGACHADOS: XAXÁ, ENÉAS, CABINHO, BASÍLIO E WILSINHO [CAMPEÃO PAULISTA 1973].
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS, A "LUSA" - EM PÉ: PESCUMA, BADECO, ZECÃO, CALEGARI, CARDOSO E SANTOS. AGACHADOS: XAXÁ, TATÁ, CABINHO, BASÍLIO E WILSINHO - ENTREGA FAIXA DE CAMPEÃO [CAMPEONATO PAULISTA 1973].
Xaxá permaneceu muitas temporadas como titular da Ponta-direita da Portuguesa de Desportos (A.P.D.), sediada na Capital Paulista. Contribuindo para a formação eficiente do elenco de Canindé.
Pelo ano de 1975, mais uma vez decisão por pênaltis envolvendo o título do Paulistão. Desta feita o adversário era o São Paulo Futebol Clube. Garantiu o honroso Vice-Campeonato Estadual Paulista, também jogando pela Associação Portuguesa de Desportos.
Sendo negociado em 1976 com o Londrina Esporte Clube. Xaxá e a equipe paranaense (L.E.C.), comandada por Armando Renganeschi, fizeram um admirável Campeonato Brasileiro (temporada 1977/78). O time do Londrina E.C. surpreendeu, depois de uma primeira fase difícil e derrotou as equipes do C.R. Flamengo (1 X 0), Santos F.C (2 X 1), S.C. Corinthians Paulista (1 X 0), C.R. Vasco da Gama (2 X 0). Ficando o time do "Tubarão" em 4º Lugar, da classificação geral.
O Ponta-direita ainda jogou no Clube Atlético Juventus (o "Moleque Travesso"), da Moóca, Capital Paulista. Formando um elenco muito competitivo naquela temporada de 1978.
No ano seguinte, contratado do futebol carioca defenderia o distintivo do Clube de Regatas Vasco da Gama (o "Cruz Maltino"), de São Januário. Conseguindo o Vice-Campeonato Brasileiro de 1979.
Veste a Camisa do Uberlândia Esporte Clube (U.E.C.), o "Alviverde do Triângulo", de Minas Gerais. Suas atuações ainda gravadas na memória do Torcedor Periquito.
Xáxa teve breve passagem pelo Santos Futebol Clube, o "Alvinegro Praiano", de Vila Belmiro.
UBERLÂNDIA E.C. - COM O PONTA-DIREITA XAXÁ ESCALADO ENTRE OS TITULARES DO "ALVIVERDE DO TRIÂNGULO".
UBERLÂNDIA ESPORTE CLUBE - XAXÁ ESCALDO NA PONTA-DIREITA DO ATAQUE DO "ALVIVERDE DO TRIÂNGULO".
Por 15 anos Xaxá Lopes ministrou ensinamentos de Futebol para jovens até 18 anos, na Califórnia (EUA). Além de ter participado de Comissão Técnica da A.A. Portuguesa. Idealizou o programa esportivo 'Esportes com Xaxá', que divulga o futebol amador da Ilha de Santo Amaro, apresentado na TV a cabo local.
Também é um inveterado folião do Carnaval, desfilando há décadas no G.R.C.E.S. 'Mocidade Amazonense'. Tem sua carreira futebolística contada em jornais, pela Revista Placar e sites especializados como "Tardes de Pacaembu", dentre outras publicações.
Atualmente reside na Estância Balneária de Guarujá/SP.
JORGE TROMBADA - Jorge Lopes dos Santos Filho, nasceu na data de 12 de Março de 1935, em ITAPEMA/SP, Distrito do Litoral Paulista. Desde pequeno sonhava ser Jogador de Futebol. Batia bola com os amigos de Itapema, nas horas vagas, já que realizava serviços de carpintaria e marcenaria para reforçar o orçamento doméstico da família. Jorge Trombada marcou época como Zagueiro eficiente no desarme, de boa técnica.
Sua carreira teve início na equipe do Jabaquara Atlético Clube (o "Leão da Caneleira"), cidade de Santos. Logo despertou o interesse dos Dirigentes da Associação Atlética Portuguesa (Santista), que o contratou visando incrementar o Clube de Ulrico Mursa.
O Zagueiro Jorge Trombada foi titular da "Briosa" na célebre excursão à África em 1959, quando a A.A. Portuguesa venceu 15 jogos pelos gramados do Continente Africano e marcou 75 gols.
De 16 de Abril a 28 de Maio de 1959, a Portuguesa Santista fez vitoriosa jornada invicta à chamada África Portuguesa, visitando Moçambique e Angola. Sob a batuta do Técnico Filipo Nuñes conquistou 11 Taças de prata, 1 Salva argenta, também presenteada com 16 galhardetes (flâmulas). Por tal feito futebolístico, a "Briosa" recebeu o título "Fita Azul do Futebol Brasileiro". O troféu alusivo à façanha entregue ao Capitão, Jorge Trombada em cerimônia num Estádio de Futebol, da África Portuguesa. A "Fita Azul" era um Título Honorário concedido então pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), responsável por organizar o futebol no Brasil, aos Clubes que permanecessem invictos pela maior série de partidas em campanhas no Exterior, durante uma temporada.
Porém, conforme relata Frederico S. Queiroz Assis, a partida que entraria para a história da Excursão Internacional da "Briosa", seria justamente aquela que não ocorreu. A África do Sul estava no itinerário da viagem da equipe brasileira. No entanto, a Delegação da A.A. Portuguesa teve de enfrentar um adversário extra campo. Qual seja, o regime de segregação racial (apartheid) que vigorava naquele país. Desde o complicado desembarque dos três atletas reconhecidamente negros da Portuguesa Santista, na Cidade do Cabo até a preparação para o Amistoso, a passagem do time brasileiro acabou por constituir um incidente diplomático entre Brasil e África do Sul.
No dia do jogo, momentos antes da partida quando a A.A. Portuguesa, uniformizada, pronta no vestiário para adentrar o gramado contra um Combinado da Cidade do Cabo, aparece pois um Dirigente do futebol local informando que os jogadores negros não poderiam participar da partida, porque assim determinavam as Leis do país. O Encarregado de Negócios da Delegação da "Briosa", 2º Secretário Joaquim de Almeida Serra estava no Estádio e prontamente, manifestou-se contrário a recomendação, apoiado por todo o elenco:
"- Ou jogam todos ou ninguém joga!" - Repetia o Encarregado de Negócios da Portuguesa Santista aos sectários representantes sul-africanos. E ninguém jogou. Pela recusa em disputar a partida, o episódio obteve repercussão internacional, ajudando de alguma maneira a combater o racismo no esporte. Uma postura exemplar da A.A. Portuguesa. Joaquim de Almeida Serra recebeu telegrama do Itamaraty informando que o Presidente Juscelino Kubitschek elogiava sua atitude.
Pelo começo da década de 1960, transferiu-se para o time do Santos Futebol Clube. Matéria no site "Terceiro Tempo", fala a respeito deste seu momento. Entre os anos de 1961, 1962 e 1963, Jorge Tombada era um reserva de luxo do excepcional Alvinegro de Vila Belmiro. Vestindo a Camisa do Santos F.C. foi Tri-Campeão Paulista, Bi-Campeão da Taça de Prata, Bi-Campeão da Libertadores de América e do Mundial Inter-Clubes.
Defendeu também as equipes do Londrina Esporte Clube e Botafogo Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto. Ao parar enquanto Jogador, tentou a sorte como Treinador de Futebol, sem muito sucesso.
Jorge Lopes dos Santos Filho recorda-se da excelente oportunidade de conhecer a Europa, bem como o Continente Africano através das excursões internacionais da Portuguesa Santista. Guarda saudosamente o pouco tempo que jogou no Santos F.C., embora coincidindo com a separação de sua primeira esposa.
Deixando a vida futebolística, trabalhou ainda como Corretor de Seguros e Gerente de Estacionamento de Veículos, até aposentar-se.
Casado em segundas núpcias, pai de três filhos e avô de cinco netos, mora em ITAPEMA/SP.
Pelo Grêmio Maringá, titular da meia-cancha, disputou o Campeonato Brasileiro de 1977, quando fez 2 gols e o Brasileirão de 1978, qual marcou 4 gols.
Mesmo aposentando-se do Futebol, Antonio dos Santos Ferreira batia bola nos gramados varzeanos da Ilha de Santo Amaro, a relembrar os dias de glória. Faleceu em Outubro de 2011.
Neste período também serviu às categorias de base da Seleção Brasileira (Sub-20). Tendo como Técnico Jair Pereira, o Centroavante sagrou-se Campeão do Sul-americano, realizado no Paraguai em 1985. No mesmo ano, quando do Mundial Sub-20, disputado na União Soviética, sob o comando de Gílson Nunes, conquista o Campeonato Mundial da categoria, tornando-se um dos artilheiros com 3 gols.
Terminado o empréstimo do jogador, no ano de 1986 retornou ao Alvinegro de Vila Belmiro. Novamente encontra dificuldades para ganhar espaço no time Santista.
Pelo ano de 1987, Nego Gérson iria jogar na Divisão Especial do Campeonato Paulista (Série A 2). Vestiu a Camisa 9 do Paulista Futebol Clube, da cidade de Jundiaí (o "Galo da Japi"). Sendo apresentado numa coletiva à Imprensa e a sua estréia com grande comparecimento da Torcida do "Galo" do Interior Paulista. Conta o jornalista Anelso Paixão a respeito em matéria do site "Impedimento.org":
"(...)O Paulista não jogava para menos de 8 mil no Jayme Cintra, e o Gérson era uma atração com suas arrancadas, chutes de pé esquerdo e pé direito. Ele era leve, rápido e tecnicamente acima da média." - O Centroavante não deixava barato as divididas. Encarava os intimidadores zagueiros de chegada forte, além de reclamar bastante com o Juiz. Grande goleador daquela competição entre 1987 e 1988. Na equipe do Paulista F.C., de Jundiaí atuou por 51 partidas, marcando 30 gols.
No final de 1988, seria jogador contratado do Clube Atlético Mineiro (C.A.M.), de Belo Horizonte. A adaptação foi rápida e logo ganhou a titularidade do ataque com o Treinador Jair Pereira, prestigiado pela Torcida do "Galo" Atleticano. Além disso, se tornou batedor de penalti oficial do time, o que fazia com frieza, sempre chutando colocado.
Conquista o título do Campeonato Mineiro de 1989, sagra-se artilheiro do estadual com 19 gols. Pela Copa do Brasil emplacou 7 gols em 6 jogos, outra vez garante a artilharia duma competição. No Brasileirão deste ano foram 7 gols, jogando 13 partidas. Consolida ainda mais sua marca de goleador, fecha o ano com 33 gols naquela temporada.
Em 1990, o Camisa 9, Gérson não seria tão efetivo nas competições disputadas. Vice-Campeão Mineiro. Jogando a Copa do Brasil fez apenas 1 gol em 6 partidas. Já no Brasileirão, certa melhora de pontaria, atuou por 12 jogos e marcou 5 gols. Em compensação venceu o Troféu Ramón de Carranza, Torneio Internacional realizado na cidade de Cádiz, Espanha.
Pelo Campeonato Brasileiro de 1991, manteve a regularidade ao jogar 20 partidas, fazendo 9 gols. Na disputa da Copa do Brasil desta temporada novamente é o artilheiro da competição, quando emplacou 6 gols. Nego Gérson ajudou o Clube Atlético Mineiro aplicar a maior goleada de todos os tempos da Copa do Brasil: ATLÉTICO MINEIRO 11 X 0 CAIÇARA E.C. (de Campo Maior). Partida realizada no Estádio Independência, em Belo Horizonte, tendo o Centroavante feito 5 gols. Sagra-se ainda Campeão Mineiro.
De 1988 à 1991, teve bom aproveitamento com 92 gols, atuando por 149 jogos. Foram 83 vitórias, 41 empates e 25 derrotas.
Marquinhos, parceiro de ataque, que buscava deixar o Centroavante cara à cara com o goleiro pra balançar as redes adversárias, assim o define:
"(...)Ele era inteligente, se movimentava bem, era bom pra tabelar. Tinha certa técnica, não era trombador... (...)finalizava bem com as duas pernas e cabeceava muito bem, porque era alto. Como era muito fino e tinha as pernas longas, era rápido, apesar da altura. Mas a principal qualidade dele, sem dúvida, era a finalização. Ele chutava muito bem."
Todavia, devido a insucessos do "Galo Mineiro", dada uma certa inconstância do atacante sua relação com a Torcida Atleticana se desgastou. Sobretudo, pela pecha de boêmio repercutida na crônica esportiva.
Transfere-se então para o Sport Club Internacional (o "Colorado Gaúcho"), de Porto alegre, treinado por Antonio Lopes. Foram 11 jogos e somente 2 gols, mas ajuda ganhar o Campeonato Gaúcho de 1992. Na Copa do Brasil, outra campanha vitoriosa, Nego Gérson agora como peça fundamental do time "Colorado", marcando alguns golaços. Campeão da Copa do Brasil 1992 e artilheiro do certame. Fez 9 gols, dos 18 anotados para a equipe do Inter.
Maurício, com quem formou dupla de ataque, num depoimento ao site "Globo Esporte", comenta sobre o sucesso da parceria. Reforça as qualidades do Camisa 9, diz que os treinos os deixaram entrosados, mas que o faro de gols e o posicionamento do Centroavante foram fundamentais para o êxito da dupla de atacantes resolverem lá na frente:
"(...)O Gérson tinha uma técnica fantástica. Quando eu ia para a linha de fundo, ele se posicionava na primeira trave. Quando eu chegava perto da área, ele ia para a segunda. Ele chutava bem com as duas pernas, cabeceava. Era completo."
Além de sua habilidade técnica, o atacante era a voz do grupo dentro e fora de campo. Capitão e principal liderança do vestiário. Nego Gérson orientava, buscava acalmar o time durante as partidas. Também o interlocutor dos companheiros para discutir assuntos referentes à Diretoria do Clube e Comissão Técnica.
O título e a artilharia da Copa do Brasil, bem como o Campeonato Gaúcho conquistados naquele ano de 1992, se tornariam um feito ainda mais representativo da superação do Camisa 9. Depois que alguns meses transcorreram e percebeu-se ser aquele o último e maior brilho de um jogador de futebol talentoso, que passava por um grave problema de saúde. Possivelmente, Gérson seria portador do vírus HIV.
À época, ainda durante as competições da temporada, depois de um exame de sangue e uma solicitação para refazer o mesmo, a notícia também causou comoção e foi desmentida.
"(...)Surgiu esse boato, porque pediram só para ele repetir o exame. Lembro que houve uma reunião no vestiário com a Comissão Técnica e os médicos do Clube. Nós questionamos eles e falaram que o Gérson não tinha nada." - Conta o Camisa 10 Marquinhos, parceiro de ataque também no Inter.
Numa desastrosa coletiva de um seu Dirigente, o Sport Club Internacional admitiu que o Centroavante tinha Aids. Porém, o jogador jamais confirmou a existência da doença.
"(...)Isso foi uma vingança dele, que não gostava da minha posição de líder do time nas horas de reivindicar aumento de salário." - Atacou Gérson em entrevista à 'Folha de S. Paulo'.
A doença suscitava muitas dúvidas e tantos mais preconceitos. Tal repercussão na Imprensa desencadeou inúmeras reações. Seja pelas notícias sensacionalistas, desmentidos do Camisa 9 ou diversos boatos preocupantes que surgiram. Gérson prometia processar os difamadores, sua família não aceitava o diagnóstico.
Por outro lado, colunistas do 'Zero Hora', como Paulo Sant'Anna e Ruy Carlos Ostermann tiveram papel importante escrevendo textos diariamente contra o preconceito. E o jornal deu muito espaço para que o médico especialista em HIV, Jair Ferreira esclarecesse à população que o contato físico, mesmo numa partida de futebol, não oferecia risco de transmissão do vírus.
"Nada fará tão mal a Gérson quanto o preconceito." - Também escreveu Luís Henrique Benfica, no 'Correio do Povo'.
A crônica esportiva especulava sobre a condição física do Centroavante e sua continuidade no time "Colorado". O então Técnico Antonio Lopes teria sido alertado do estado clínico do atacante. Contudo, ao invés de tirá-lo da equipe, Lopes manteve o Camisa 9 entre os titulares. Como mais um exemplo de Atletas que superaram a doença.
Mesmo os mais íntimos garantem que nunca foram informados pelo Clube ou por parte de Gérson, que este estivesse doente. Maurício, companheiro de ataque no Inter revela:
"A gente não sabia da doença. Ele sofreu sozinho."
Nem aquele com quem dividia carona foi informado. Gato Fernandez, Goleiro do time, também disse que o colega evitou contar sobre o momento pelo qual passava:
"A gente morava perto e muitas vezes ia junto para os treinos, mas ele nunca me comentou nada."
"Ninguém que sabia que ele estava doente. Só soubemos em 93. Ele era nosso Capitão, o líder da equipe. Assumia as coisas dentro de campo, falava e orientava. Fora de campo, era quem tomava a palavra para falar com a Direção e Treinador. Ele transmitia o que o grupo queria." - Diz o Zagueiro Pinga.
Marquinhos, amigo de longa data, desconhecia que o parceiro de ataque não estaria bem de saúde:
"O Gérson nunca assumiu o problema. Ele jogou a Copa do Brasil normalmente e foi o atleta mais importante, fazendo muitos gols." - Por um bom tempo enfrentou a doença e continuou disputando a Competição.
Em Fevereiro de 1993, marcaria seu último gol em amistoso contra um Combinado de Capão Canoa, no Mariscão. Acabou afastado do time quando seu estado de saúde piorou.
Jogando pelo S.C. Internacional foram 46 partidas e emplacou 22 gols, mais a conquista de dois Campeonatos.
Num período de 4 anos, foi 3 vezes artilheiro da Copa do Brasil (1989, 1991 e 1992), único jogador a ter atingido essa marca, somando 23 gols feitos. Artilheiro do Campeonato Mineiro de 1989. Outras três vezes Campeão Estadual, um Título Nacional e um Torneio Internacional.
Convocado para a Seleção Brasileira principal, atuou em 5 jogos.
A esposa de Gérson, Andréa Mayr Felipe da Silva, relata sobre os momentos vividos:
"Ele tinha vindo do treino, a gente tinha acabado de almoçar, e aí ele recebeu um telefonema do Clube pedindo para ele repetir o exame... Depois, ele foi abandonado. Ele ficou internado uma semana, e o Clube nunca ligou para saber onde o jogador estava e por que não aparecia para treinar." - Como compensação recebeu o "Passe Livre" do Inter.
Após passar dois meses internado no Hospital Santo Amaro (cidade de Guarujá/SP), Gérson da Silva faleceu aos 28 anos de idade, no dia 17 de Maio de 1994. O adeus ao Camisa 9 foi acompanhado de fãs e amigos jogadores de futebol. Seu corpo sepultado no Cemitério Distrital de Vicente de Carvalho (ITAPEMA/SP).
No retorno ao Brasil, assinou contrato com o time do Goiás Esporte Clube (o "Esmeraldino"), vencendo o Campeonato Goiano de 1991.
Em 1992, encerraria a carreira de Jogador no Ferroviário A.C.
Posteriormente, trabalhou como Treinador de Futebol, comandando as categorias de base do Fortaleza E.C.
Na temporada de 2013, assumiu o cargo de Técnico-interino do Fortaleza E.C., com a chegada do novo Treinador, Celso Dias dos Santos foi efetivado como Auxiliar-Técnico do "Leão da Pici".
Ao parar como Jogador de Futebol desenvolveu próspera atividade comercial no ramo de Panificação.
Exerceu o cargo de Presidente da Associação de Garantia ao Atleta do Ceará.
Vive em Fortaleza/CE, capital do nordeste brasileiro.
Em 1975, foi negociado para o time do Botafogo Futebol Clube (B.F.C.), o "Fogão Paulista", de Ribeirão Preto/SP.
Mingo jogou também no Grêmio de Esportes Maringá (G.E.M.), o "Galo Guerreiro" paranaense. E teve breve passagem pela Associação Atlética Francana (a "Feiticeira"), da cidade de Franca, Interior Paulista.
Sempre tido como Jogador impulsivo, seu gênio estourado lhe valeu expulsões de campo e polêmicas envolvendo a arbitragem.
Mora na portuária-estuarina, ITAPEMA/SP.
Atuou de Lateral-direito e Esquerdo, tornando-se um dos grandes Laterais do Clube vascaíno. Fez 232 jogos e marcou 17 gols.
Pois é justamente esta característica que desperta o interesse de outros Clubes do futebol. Ambidestro, chutava com os dois pés. Jogava no meio-campo, sendo excelente marcador, de bom passe a ligar o Ataque. Como Lateral apoiava bem, subia com velocidade, alçando cruzamentos na medida, muito atento ao esquema tático.
Servindo a Seleção Olímpica de Futebol, competiu nas Olímpiadas de 1988, em Seul. O Técnico era Carlos Alberto Silva. Apesar da ótima Campanha fica com a Medalha de Prata do Torneio.
Pela Seleção Brasileira, "Canarinho" (principal), comandado por Sebastião Lazzaroni, disputa a Copa América de 1989, realizada no Brasil. Sagra-se Campeão das Américas.
No ano de 1990, transfere-se para o Futebol Europeu, indo jogar na Itália, nos áureos tempos da Liga Italiana. Veste a Camisa do Unione Sportiva Lecce ("Il Giallorossi"), treinado por Zbigniew Boniek, destacando-se na equipe da Apúlia. Foram 39 partidas e emplacou 3 gols.
Neste mesmo ano, disputa a Copa do Mundo (1990), então realizada na Itália. Tendo como Treinador Sebastião Lazzaroni. Pouco aproveitado devido a eliminação precoce do Brasil.
Temporada de 1991, assina contrato com a Associazione Calcio (Firenze) Fiorentina ("La Viola"), de Florença. Num primeiro momento sob comando técnico do brasileiro Sebastião Lazzaroni, seguido de Luigi Radice. Manteve a regularidade, fez 21 jogos.
Convocado por Paulo Roberto Falcão (Técnico da Seleção Brasileira) disputa a Copa América de 1991, realizada no Chile. Garante a titularidade na trajetória do Vice-Campeonato.
A.C. FIORENTINA,"LA VIOLA" - EM PÉ: MAZINHO, PIOLI, BRANCA, SALVATORI E MANNINI. AGACHADOS: MALELLARO, FACCENDA, FIONDELLA, ORLANDO, DUNGA E CAROBBI [TEMPORADA 1991/92].
MAZINHO DA A.C. FIORENTINA CONDUZ A BOLA NO GRAMADO [TEMPORADA 1991].
SELEÇÃO BRASILEIRA, "CANARINHO" - COM MAZINHO ESCALADO ENTRE OS TITULARES [COPA AMÉRICA 1991].
SELEÇÃO BRASILEIRA - EM PÉ: MAZINHO, MÁRCIO BITTENCOURT, WILSON GOTARDO, RICARDO ROCHA, BRANCO E TAFFAREL. AGACHADOS: MAURO SILVA, RENATO GAÚCHO, RAÍ, NETO E JOÃO PAULO [VICE-CAMPEÃO COPA AMÉRICA 1991].
Em 1992, retornaria ao Brasil para defender o distintivo da Sociedade Esportiva Palmeiras (o "Porco"), de Parque Antártica, Capital Paulista. Cujo Técnico a princípio era Otacílio Gonçalves, substituído por Vanderlei Luxemburgo. Jogando como Volante, Mazinho ajudou o Clube Alviverde a ganhar o Campeonato Paulista e o Brasileirão de 1993. Na Temporada seguinte (1994), sagra-se Bi-Campeão Paulista ao levantar novamente o Troféu do Estadual. Foram 127 jogos. Sendo 79 vitórias, 29 empates e 24 derrotas. Marcou 2 gols.
Pela Copa do Mundo de 1994, disputada nos Estados Unidos da América (USA), conseguiu a titularidade absoluta no meio-de-campo, bem como a confiança do Técnico Carlos Alberto Parreira. Resguardando o meio-campo permitia a subida dos Laterais, assim como desarmava ataques adversários acionando os Atacantes Bebeto e Romário. Foi importantíssimo para a conquista do Tetra-Campeonato Mundial, da Seleção Brasileira.
De volta à Europa em 1994, acerta contrato com o València Club de Futbol ("Los Che"), equipe da Cataluña (Espanha). Comando Técnico de Carlos Alberto Parreira. Bastante eficiente participou de 71 jogos e fez 3 gols.
Na Temporada de 1996, atuou vestindo a Camisa do Real Club Celta de Vigo ("Celtiña"), região da Galizia (Espanha). Reconhecido ídolo da Torcida Celeste, dada sua versatilidade quando escalado em diferentes posições. A ausência de títulos não foi um problema no modesto Clube espanhol, que protagonizava naquelas temporadas boas Campanhas nas competições européias. Mazinho era um de seus jogadores principais. O "EuroCelta", assim apelidado, passou a ser participante frequente da Copa da UEFA. Jogou 114 partidas e emplacou 8 gols.
No ano de 2000, iria para a equipe do Elche Club de Futbol ("Franjiverdes"), Província de Alicante (Espanha). Com breve passagem atuou por 17 jogos.
Em 2001, defendeu o time do Deportivo Alavés ("Babazorros"), cidade de Vitória, região do País Basco. Jogou pouco tempo, foram apenas 15 partidas.
Ainda na Temporada de 2001, novamente no Futebol Brasileiro, atuou pelo Esporte Clube Vitória (o "Leão da Barra"), da Bahia. Fez 15 jogos.
Neste ano decide "pendurar as chuteiras" como Jogador de Futebol.
Com a Camisa da Seleção Brasileira ("Canarinho"), fez 35 partidas, ganhou 2 Títulos e uma Medalha Olímpica. Por três vezes recebeu a premiação da Bola de Prata 1987/88/89.
No ano de 2009, torna-se Técnico do F.C. Aris de Salonica (Athlitikos Syllogos Aris), tradicional equipe do Futebol Grego. Pressionado em função de melhores resultados, acabou deixando o cargo.
Tudo indica que o dna esportivo de Iomar do Nascimento (Mazinho) gerou frutos promissores. O jogador Thiago Alcântara e Rafa Alcântara (o Rafinha) atuam em grandes Clubes do futebol europeu. Além de uma filha que joga Basquetebol.
Atualmente reside com a Família na Espanha.
O CAPÍTULO CONTINUA...
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS - EM PÉ: PESCUMA, BADECO, ZECÃO, ISIDORO, CALEGARI E CARDOSO. AGACHADOS: XAXÁ, ENÉAS, CABINHO, BASÍLIO E WILSINIHO [CAMPEONATO PAULISTA 1973].
PORTUGUESA DE DESPORTOS, A "LUSA" - EM PÉ: CARDOSO, CALEGARI, ISIDORO, ZECÃO, BADECO E PESCUMA. AGACHADOS: XAXÁ, TATÁ, CABINHO, BASÍLIO E WILSINHO [CAMPEONATO BRASILEIRO 1973].
PORTUGUESA DE DESPORTOS, A "LUSA" - EM PÉ: ARENGHI, MENDES, ISIDORO, BADECO, MIGUEL E CARDOSO. AGACHADOS: XAXÁ, DICÁ, TATÁ, JEAN E WILSINHO [CAMPEONATO PAULISTA 1974].
Pelo ano de 1975, mais uma vez decisão por pênaltis envolvendo o título do Paulistão. Desta feita o adversário era o São Paulo Futebol Clube. Garantiu o honroso Vice-Campeonato Estadual Paulista, também jogando pela Associação Portuguesa de Desportos.
PORTUGUESA DE DESPORTOS (A.P.D.) - XAXÁ INTEGRA O ELENCO DE JOGADORES DA "LUSA" [VICE-CAMPEÃO PAULISTA 1975].
O PONTA-DIREITA XAXÁ PASSA POR OLDAIR EM PARTIDA DA PORTUGUESA X ATLÉTICO MINEIRO, NO ESTÁDIO DO CANINDÉ [CAMPEONATO BRASILEIRO].
Sendo negociado em 1976 com o Londrina Esporte Clube. Xaxá e a equipe paranaense (L.E.C.), comandada por Armando Renganeschi, fizeram um admirável Campeonato Brasileiro (temporada 1977/78). O time do Londrina E.C. surpreendeu, depois de uma primeira fase difícil e derrotou as equipes do C.R. Flamengo (1 X 0), Santos F.C (2 X 1), S.C. Corinthians Paulista (1 X 0), C.R. Vasco da Gama (2 X 0). Ficando o time do "Tubarão" em 4º Lugar, da classificação geral.
LONDRINA E.C. - O PONTA-DIREITA XAXÁ ENTRE OS TITULARES DO "TUBARÃO" [4º LUGAR - CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1977].
LONDRINA ESPORTE CLUBE (L.E.C.) - COM XAXÁ ESCALADO NA PONTA-DIREITA DO ATAQUE DO "TUBARÃO" [TEMPORADA 1977/78].
O Ponta-direita ainda jogou no Clube Atlético Juventus (o "Moleque Travesso"), da Moóca, Capital Paulista. Formando um elenco muito competitivo naquela temporada de 1978.
C.A. JUVENTUS, O "MOLEQUE TRAVESSO" - COM XAXÁ ESCALADO NA PONTA-DIREITA [CAMPEONATO PAULISTA].
No ano seguinte, contratado do futebol carioca defenderia o distintivo do Clube de Regatas Vasco da Gama (o "Cruz Maltino"), de São Januário. Conseguindo o Vice-Campeonato Brasileiro de 1979.
C. R. VASCO DA GAMA, O "CRUZ MALTINO" - EM PÉ: ORLANDO AMARELO, LEÃO, GSUCHO, IVAN, DUDU E MARCO ANTÔNIO. AGACHADOS: XAXÁ, AFRÂNIO, ROBERTO DINAMITE, PAULINHO E NITO ANGOLANO [VICE-CAMPEÃO BRASILEIRO 1979].
Veste a Camisa do Uberlândia Esporte Clube (U.E.C.), o "Alviverde do Triângulo", de Minas Gerais. Suas atuações ainda gravadas na memória do Torcedor Periquito.
Xáxa teve breve passagem pelo Santos Futebol Clube, o "Alvinegro Praiano", de Vila Belmiro.
Por 15 anos Xaxá Lopes ministrou ensinamentos de Futebol para jovens até 18 anos, na Califórnia (EUA). Além de ter participado de Comissão Técnica da A.A. Portuguesa. Idealizou o programa esportivo 'Esportes com Xaxá', que divulga o futebol amador da Ilha de Santo Amaro, apresentado na TV a cabo local.
O PONTA-DIREITA XAXÁ, DA PORTUGUESA DE DESPORTOS (A.P.D.) ENFIA O PÉ NA BOLA.
Também é um inveterado folião do Carnaval, desfilando há décadas no G.R.C.E.S. 'Mocidade Amazonense'. Tem sua carreira futebolística contada em jornais, pela Revista Placar e sites especializados como "Tardes de Pacaembu", dentre outras publicações.
Atualmente reside na Estância Balneária de Guarujá/SP.
JORGE TROMBADA - ZAGUEIRO DA A.A. PORTUGUESA, A "BRIOSA" DE ULRICO MURSA.
JORGE TROMBADA - Jorge Lopes dos Santos Filho, nasceu na data de 12 de Março de 1935, em ITAPEMA/SP, Distrito do Litoral Paulista. Desde pequeno sonhava ser Jogador de Futebol. Batia bola com os amigos de Itapema, nas horas vagas, já que realizava serviços de carpintaria e marcenaria para reforçar o orçamento doméstico da família. Jorge Trombada marcou época como Zagueiro eficiente no desarme, de boa técnica.
Sua carreira teve início na equipe do Jabaquara Atlético Clube (o "Leão da Caneleira"), cidade de Santos. Logo despertou o interesse dos Dirigentes da Associação Atlética Portuguesa (Santista), que o contratou visando incrementar o Clube de Ulrico Mursa.
A.A. PORTUGUESA - EM PÉ: HÉLIO, ALLAN, ADELSON, CLÓVIS, HENRIQUE E JORGE TROMBADA. AGACHADOS: RENATINHO, PACOTI, CASTELO, LORICO E VALDO [CAMPEONATO PAULISTA].
O Zagueiro Jorge Trombada foi titular da "Briosa" na célebre excursão à África em 1959, quando a A.A. Portuguesa venceu 15 jogos pelos gramados do Continente Africano e marcou 75 gols.
De 16 de Abril a 28 de Maio de 1959, a Portuguesa Santista fez vitoriosa jornada invicta à chamada África Portuguesa, visitando Moçambique e Angola. Sob a batuta do Técnico Filipo Nuñes conquistou 11 Taças de prata, 1 Salva argenta, também presenteada com 16 galhardetes (flâmulas). Por tal feito futebolístico, a "Briosa" recebeu o título "Fita Azul do Futebol Brasileiro". O troféu alusivo à façanha entregue ao Capitão, Jorge Trombada em cerimônia num Estádio de Futebol, da África Portuguesa. A "Fita Azul" era um Título Honorário concedido então pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), responsável por organizar o futebol no Brasil, aos Clubes que permanecessem invictos pela maior série de partidas em campanhas no Exterior, durante uma temporada.
JORGE TROMBADA CAPITÃO DA A.A. PORTUGUESA RECEBE O TROFÉU REFERENTE À "FITA AZUL DO FUTEBOL BRASILEIRO" [1959].
Porém, conforme relata Frederico S. Queiroz Assis, a partida que entraria para a história da Excursão Internacional da "Briosa", seria justamente aquela que não ocorreu. A África do Sul estava no itinerário da viagem da equipe brasileira. No entanto, a Delegação da A.A. Portuguesa teve de enfrentar um adversário extra campo. Qual seja, o regime de segregação racial (apartheid) que vigorava naquele país. Desde o complicado desembarque dos três atletas reconhecidamente negros da Portuguesa Santista, na Cidade do Cabo até a preparação para o Amistoso, a passagem do time brasileiro acabou por constituir um incidente diplomático entre Brasil e África do Sul.
O ZAGUEIRO JORGE TROMBADA E DEMAIS ATLETAS DA A.A. PORTUGUESA POSAM COM O TROFÉU ALUSIVO À "FITA AZUL DO FUTEBOL BRASILEIRO" [1959].
No dia do jogo, momentos antes da partida quando a A.A. Portuguesa, uniformizada, pronta no vestiário para adentrar o gramado contra um Combinado da Cidade do Cabo, aparece pois um Dirigente do futebol local informando que os jogadores negros não poderiam participar da partida, porque assim determinavam as Leis do país. O Encarregado de Negócios da Delegação da "Briosa", 2º Secretário Joaquim de Almeida Serra estava no Estádio e prontamente, manifestou-se contrário a recomendação, apoiado por todo o elenco:
"- Ou jogam todos ou ninguém joga!" - Repetia o Encarregado de Negócios da Portuguesa Santista aos sectários representantes sul-africanos. E ninguém jogou. Pela recusa em disputar a partida, o episódio obteve repercussão internacional, ajudando de alguma maneira a combater o racismo no esporte. Uma postura exemplar da A.A. Portuguesa. Joaquim de Almeida Serra recebeu telegrama do Itamaraty informando que o Presidente Juscelino Kubitschek elogiava sua atitude.
JORGE TROMBADA CHEGA COM A DELEGAÇÃO DA A.A. PORTUGUESA AO PORTO DE SANTOS [1959].
A.A. PORTUGUESA - EM PÉ: CARLITO, PERINHO, RAUL, PIXÚ, JORGE TROMBADA, NIVALDO E FILIPO NUÑES (TÉCNICO). AGACHADOS: NICOLA GRAVINA, GONÇALO, GUILHERME, GRILO E VALDO ["FITA AZUL FUTEBOL BRASILEIRO"] 1959.
Pelo começo da década de 1960, transferiu-se para o time do Santos Futebol Clube. Matéria no site "Terceiro Tempo", fala a respeito deste seu momento. Entre os anos de 1961, 1962 e 1963, Jorge Tombada era um reserva de luxo do excepcional Alvinegro de Vila Belmiro. Vestindo a Camisa do Santos F.C. foi Tri-Campeão Paulista, Bi-Campeão da Taça de Prata, Bi-Campeão da Libertadores de América e do Mundial Inter-Clubes.
Defendeu também as equipes do Londrina Esporte Clube e Botafogo Futebol Clube, da cidade de Ribeirão Preto. Ao parar enquanto Jogador, tentou a sorte como Treinador de Futebol, sem muito sucesso.
SANTOS F.C. - EM PÉ: CALVET, ZITO, DALMO, JORGE TROMBADA, MAURO E LALÁ (GOLEIRO). AGACHADOS: SORMANI, MENGÁLVIO, COUTINHO, DORVAL E PEPE [PARTIDA DISPUTADA EM MONTEVIDÉU] 1961.
Jorge Lopes dos Santos Filho recorda-se da excelente oportunidade de conhecer a Europa, bem como o Continente Africano através das excursões internacionais da Portuguesa Santista. Guarda saudosamente o pouco tempo que jogou no Santos F.C., embora coincidindo com a separação de sua primeira esposa.
Deixando a vida futebolística, trabalhou ainda como Corretor de Seguros e Gerente de Estacionamento de Veículos, até aposentar-se.
Casado em segundas núpcias, pai de três filhos e avô de cinco netos, mora em ITAPEMA/SP.
FERREIRINHA - MEIO-CAMPISTA DO GRÊMIO DE ESPORTES MARINGÁ (G.E.M), O "GALO GUERREIRO" [1977].
FERREIRINHA - Nascido Antonio dos Santos Ferreira. Tomou gosto pelo Futebol nos campos da várzea de ITAPEMA/SP. Titular do E.C. Confiança, time amador do Distrito. Também apelidado pelos boleiros de "Formiguinha", dado seu empenho no meio-campo.
Foi revelado (início dos anos de 1970) pela Associação Atlética Portuguesa, a "Briosa", da cidade de Santos/SP, que tinha como Treinador Daltro Rodrigues.
A.A. PORTUGUESA - EM PÉ: ADALBERTO, CAMPINA, CELSO, AROUCA, ZECA PILÔTO E ADALBERTO. AGACHADOS: (MASS.) UPA, GILSON, JOÃO MARQUES, FERREIRINHA, MAZINHO E MINGO [1971].
Em meados da década de 1970, vestiu a Camisa 8 do Grêmio de Esportes Maringá (G.E.M.), o "Galo Guerreiro" paranaense. Com a chegada do Técnico Wilson Francisco Alves (o "Capão"), saiu da Ponta-esquerda sendo escalado no setor de meia-cancha (Ponta-de-lança), melhorando ainda mais o desempenho da equipe do Grêmio Maringá.
Naquele ano de 1977, o meio-de-campo destacava-se tendo Didi, Nivaldo e Ferreirinha, mesmo franzino era considerado o "pulmão" do time paranaense. Corria bastante e marcava forte o setor intermediário do círculo central, acionando rápido os atacantes do Grêmio Maringá (G.E.M.). Aquele jogador que a crônica esportiva denominava "carregador de piano". Seu espírito lutador o fez ídolo do "Galo Guerreiro".
Depois de ter vencido o time do Coritiba Foot Ball Club, em casa (Estádio Willie Davids), por 1 X 0, pela primeira partida da decisão do Campeonato Paranaense, o Grêmio de Esportes Maringá aguardava com tamanha expectativa o jogo final. Na tarde de 2 de Outubro, em pleno Estádio Couto Pereira, com o placar empatado CORITIBA 1 X 1 GRÊMIO MARINGÁ, nos 90 minutos regulamentares, onde o "Galo Guerreiro" fechado lá atrás intentava o contra-ataque, conquistaria a Taça do Estadual Paranaense de 1977. Fazendo explodir de vez a torcida Gremista Alvinegra. Embora sem poder jogar a final, porque estava contundido, o Meio-campista Ferreirinha sagra-se Campeão Paranaense.
JOGADORES DO GRÊMIO DE ESPORTES MARINGÁ PERFILADOS. ENTRE ELES O MEIO-CAMPISTA FERREIRINHA [DECISÃO DO CAMPEONATO PARANAENSE] OUTUBRO DE 1977.
GRÊMIO MARINGÁ (G.E.M.) - EM PÉ: VAGNER, ASSIS, CELSO, DIDI, NILO E ALBÉRICO. AGACHADOS: (TÉC.) "CAPÃO", FREITAS, FERREIRINHA, ITAMAR, NIVALDO E MARQUNHOS, (MASS.) JOSÉ VICENTE [CAMPEÃO PARANAENSE DE 1977].
Pelo Grêmio Maringá, titular da meia-cancha, disputou o Campeonato Brasileiro de 1977, quando fez 2 gols e o Brasileirão de 1978, qual marcou 4 gols.
GRÊMIO MARINGÁ, O "GALO GUERREIRO" - EM PÉ: VAGNER, ASSIS, NILO, DIDI, CELSO E ALBÉRICO. AGACHADOS: FREITAS, FERREIRINHA, ITAMAR, NIVALDO E BERNARDO [TEMPORADA 1977].
GRÊMIO DE ESPORTES MARINGÁ - EM PÉ: WAGNER, VALDIR, DIDI, NILO, CLÉBER E ALBÉRICO. AGACHADOS: FREITAS, FERREIRINHA, ITAMAR, NIVALDO E MARQUNHOS [TEMPORADA 1977].
FERREIRINHA ACOMPANHA JOGADA NO MEIO-CAMPO. PARTIDA ENVOLVENDO GRÊMIO MARINGÁ X LONDRINA E.C. [CAMPEONATO PARANAENSE].
TUPÃ F.C. - EM PÉ: (TÉC.) WILSON PIMENTEL, WAGNER, ZEZÉ, BETÃO, JOÃOZINHO E FRANÇA. AGACHADOS: (MASS.) FRITZ, NALDIR BORGES, GASOLINA, LUIZÃO, VANDIR, EDVALDO E FERREIRINHA - JOGADORES IDENTIFICADOS NESTA FORMAÇÃO].
Ferreirinha jogou também na equipe do Tupã Futebol Clube, Interior Paulista. Sob o comando técnico de Wilson Pimentel.
Mesmo aposentando-se do Futebol, Antonio dos Santos Ferreira batia bola nos gramados varzeanos da Ilha de Santo Amaro, a relembrar os dias de glória. Faleceu em Outubro de 2011.
NEGO GÉRSON - CENTROAVANTE DO FUTEBOL BRASILEIRO [1990].
NEGO GÉRSON - Gérson da Silva, nascido no dia 23/09/1965, na cidade litorânea de Santos/SP. Mas que aprendeu jogar bola nos gramados da várzea de ITAPEMA/SP, onde viveu parte da vida. Filho de Marivaldo e Cleonice Maria da Silva. Sobrinho-neto de Oswaldo Silva, que ficou conhecido como Baltazar, "Cabecinha de Ouro", exímio cabeceador a sugerir o apelido. Este tio-avô Baltazar é o 2º maior artilheiro da história do S.C. Corinthians Paulista com 267 gols em 402 jogos, disputou as Copas do Mundo de 1950 e 1954. É possível que Gérson tenha tido pouco contato com o Tio-avô goleador, entretanto tinha na família um exemplo de sucesso no mundo do Futebol para lhe inspirar. Nego Gérson, apelido dado pelos boleiros, era um Centroavante de excelentes recursos técnicos (chute, cabeceio, posicionamento na área e o drible).
Gérson começou a se destacar aos 18 anos, quando foi artilheiro e Campeão da Taça São Paulo de Futebol Júnior de 1984, revelado no Santos Futebol Clube, cujo Técnico era Ernesto Marques. Alçado ao elenco de profissionais do Alvinegro Praiano marcou 2 gols. Neste início no clube jogou 17 partidas e fez 10 gols. Todavia, não se firmou entre os titulares.
Pouco utilizado, em 1985 sairia por empréstimo para o Guarani Futebol Clube, de Campinas. Pelo "Bugre" foram 23 jogos e balançou as redes adversárias com 12 gols.
O CENTROAVANTE GÉRSON MARCA DE CABEÇA NA FINAL S.C. CORINTHIANS X SANTOS F.C. [TAÇA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR 1984].
SANTOS F.C. - COM O ATACANTE GÉRSON INTEGRANDO O PLANTEL DO ALVINEGRO DE VILA BELMIRO [1984].
Neste período também serviu às categorias de base da Seleção Brasileira (Sub-20). Tendo como Técnico Jair Pereira, o Centroavante sagrou-se Campeão do Sul-americano, realizado no Paraguai em 1985. No mesmo ano, quando do Mundial Sub-20, disputado na União Soviética, sob o comando de Gílson Nunes, conquista o Campeonato Mundial da categoria, tornando-se um dos artilheiros com 3 gols.
SELEÇÃO BRASILEIRA (SUB-20) - EM PÉ: JOÃO ANTÔNIO, TAFFAREL, HENRIQUE, LUÍS CARLOS, DIDA E LUCIANO. AGACHADOS: ROMÁRIO, RENATO, GÉRSON, SOUSA BAIANO E ANTÔNIO CARLOS [CAMPEÃO SUL-AMERICANO SUB-20] PARAGUAI 1985.
SELEÇÃO BRASILEIRA (SUB-20) - EM PÉ: JOÃO ANTÔNIO, POLACO, HENRIQUE, TAFFAREL, LUÍS CARLOS E DIDA. AGACHADOS: SILAS, TOSIN, GÉRSON, MULLER E IZAEL [CAMPEÃO MUNDIAL SUB-20] UNIÃO SOVIÉTICA 1985.
SELEÇÃO BRASILEIRA (SUB-20) - EM PÉ: JOÃO ANTÔNIO, CHICO, HENRIQUE, LUÍS CARLOS, MARÇAL, TAFFAREL, DIDA E POLACO. AGACHADOS: SILAS, TOSIN, GÉRSON, MULLER, BALALO, IZAEL, ANTÔNIO CARLOS E LUCIANO [COMPETIÇÃO 1985].
GÉRSON CAMISA 9 E JOGADORES DA SELEÇÃO BRASILEIRA JÚNIOR PERFILADOS [CAMPEONATO MUNDIAL SUB-20] UNIÃO SOVIÉTICA 1985.
Terminado o empréstimo do jogador, no ano de 1986 retornou ao Alvinegro de Vila Belmiro. Novamente encontra dificuldades para ganhar espaço no time Santista.
Pelo ano de 1987, Nego Gérson iria jogar na Divisão Especial do Campeonato Paulista (Série A 2). Vestiu a Camisa 9 do Paulista Futebol Clube, da cidade de Jundiaí (o "Galo da Japi"). Sendo apresentado numa coletiva à Imprensa e a sua estréia com grande comparecimento da Torcida do "Galo" do Interior Paulista. Conta o jornalista Anelso Paixão a respeito em matéria do site "Impedimento.org":
"(...)O Paulista não jogava para menos de 8 mil no Jayme Cintra, e o Gérson era uma atração com suas arrancadas, chutes de pé esquerdo e pé direito. Ele era leve, rápido e tecnicamente acima da média." - O Centroavante não deixava barato as divididas. Encarava os intimidadores zagueiros de chegada forte, além de reclamar bastante com o Juiz. Grande goleador daquela competição entre 1987 e 1988. Na equipe do Paulista F.C., de Jundiaí atuou por 51 partidas, marcando 30 gols.
PAULISTA F.C., DE JUNDIAÍ - COM O CENTROAVANTE GÉRSON ESCALADO NO ATAQUE DO "GALO DA JAPI".
No final de 1988, seria jogador contratado do Clube Atlético Mineiro (C.A.M.), de Belo Horizonte. A adaptação foi rápida e logo ganhou a titularidade do ataque com o Treinador Jair Pereira, prestigiado pela Torcida do "Galo" Atleticano. Além disso, se tornou batedor de penalti oficial do time, o que fazia com frieza, sempre chutando colocado.
Conquista o título do Campeonato Mineiro de 1989, sagra-se artilheiro do estadual com 19 gols. Pela Copa do Brasil emplacou 7 gols em 6 jogos, outra vez garante a artilharia duma competição. No Brasileirão deste ano foram 7 gols, jogando 13 partidas. Consolida ainda mais sua marca de goleador, fecha o ano com 33 gols naquela temporada.
ATLÉTICO MINEIRO, O "GALO" - EM PÉ: (TÉC) JAIR PEREIRA, ÉDER LOPES, ZANATA, LUISINHO, BATISTA, PAULO ROBERTO PRESTES E RÔMULO. AGACHADOS: ROBERTINHO, MARQUINHOS, GÉRSON, RENATO E ÉDER ALEIXO [CAMPEÃO MINEIRO 1989].
CLUBE ATLÉTICO MINEIRO - EM PÉ: RÔMULO, LUISINHO, BATISTA, ZANATA, PAULO ROBERTO PRESTES E ÉDER LOPES. AGACHADOS: ROBERTINHO, MARQUINHOS, GÉRSON, RENATO E AÍLTON [CAMPEONATO MINEIRO 1989].
ATLÉTICO MINEIRO, O "GALO" - EM PÉ: ÉDER LOPES, GOLEIRO, LUISINHO, ZANATA, PAULO ROBERTO PRESTES E BATISTA. AGACHADOS: ROBERTINHO, MARQUINHOS, GÉRSON, AÍLTON E ÉDER ALEIXO [CAMPEONATO MINEIRO 1989].
ATLÉTICO MINEIRO - EM PÉ: RÔMULO, ÉDER LOPES, NETINHO, PAULO SÉRGIO, CLÉBER E PAULO ROBERTO PRESTES. AGACHADOS: NEWTON, MARQUINHOS, EDU ZANELLO, GÉRSON E ÉDER ALEIXO [FINAL CAMPEONATO MINEIRO 1990].
Pelo Campeonato Brasileiro de 1991, manteve a regularidade ao jogar 20 partidas, fazendo 9 gols. Na disputa da Copa do Brasil desta temporada novamente é o artilheiro da competição, quando emplacou 6 gols. Nego Gérson ajudou o Clube Atlético Mineiro aplicar a maior goleada de todos os tempos da Copa do Brasil: ATLÉTICO MINEIRO 11 X 0 CAIÇARA E.C. (de Campo Maior). Partida realizada no Estádio Independência, em Belo Horizonte, tendo o Centroavante feito 5 gols. Sagra-se ainda Campeão Mineiro.
De 1988 à 1991, teve bom aproveitamento com 92 gols, atuando por 149 jogos. Foram 83 vitórias, 41 empates e 25 derrotas.
ATLÉTICO MINEIRO - EM PÉ: TOBIAS, CARLOS, CLÉBER, ÉDER LOPES, ALFINETE E PAULO ROBERTO PRESTES. AGACHADOS: SÉRGIO ARAÚJO, AMAURI, GÉRSON, AILTON E EDU LIMA [CAMPEONATO 1991].
CLUBE ATLÉTICO MINEIRO - EM PÉ: ÉDER LOPES, CARLOS, ALFINETE, FERNANDO, TOBIAS, PAULO ROBERTO PRESTES. AGACHADOS: SÉRGIO ARAÚJO, AMAURI, GÉRSON, MARQUINHOS E NEWTON [CAMPEONATO BRASILEIRO 1991].
ATLÉTICO MINEIRO, O "GALO" - EM PÉ: CARLOS, ÉDER LOPES, FERNANDO, CLÉBER, ALFINETE E PAULO ROBERTO PRESTES. AGACHADOS: GÉRSON, SÉRGIO ARAÚJO, AMAURI, MARQUINHOS E MOACIR. [CAMPEONATO 1991].
Marquinhos, parceiro de ataque, que buscava deixar o Centroavante cara à cara com o goleiro pra balançar as redes adversárias, assim o define:
"(...)Ele era inteligente, se movimentava bem, era bom pra tabelar. Tinha certa técnica, não era trombador... (...)finalizava bem com as duas pernas e cabeceava muito bem, porque era alto. Como era muito fino e tinha as pernas longas, era rápido, apesar da altura. Mas a principal qualidade dele, sem dúvida, era a finalização. Ele chutava muito bem."
Todavia, devido a insucessos do "Galo Mineiro", dada uma certa inconstância do atacante sua relação com a Torcida Atleticana se desgastou. Sobretudo, pela pecha de boêmio repercutida na crônica esportiva.
O COMPANHEIRO DO "GALO MINEIRO" E GÉRSON CENTROAVANTE PRESSIONAM A ARBITRAGEM [BRASILEIRÃO 1991].
Transfere-se então para o Sport Club Internacional (o "Colorado Gaúcho"), de Porto alegre, treinado por Antonio Lopes. Foram 11 jogos e somente 2 gols, mas ajuda ganhar o Campeonato Gaúcho de 1992. Na Copa do Brasil, outra campanha vitoriosa, Nego Gérson agora como peça fundamental do time "Colorado", marcando alguns golaços. Campeão da Copa do Brasil 1992 e artilheiro do certame. Fez 9 gols, dos 18 anotados para a equipe do Inter.
NEGO GÉRSON VESTE A CAMISA 9 DO S.C. INTERNACIONAL [COPA DO BRASIL 1992].
Maurício, com quem formou dupla de ataque, num depoimento ao site "Globo Esporte", comenta sobre o sucesso da parceria. Reforça as qualidades do Camisa 9, diz que os treinos os deixaram entrosados, mas que o faro de gols e o posicionamento do Centroavante foram fundamentais para o êxito da dupla de atacantes resolverem lá na frente:
"(...)O Gérson tinha uma técnica fantástica. Quando eu ia para a linha de fundo, ele se posicionava na primeira trave. Quando eu chegava perto da área, ele ia para a segunda. Ele chutava bem com as duas pernas, cabeceava. Era completo."
S.C. INTERNACIONAL, "COLORADO GAÚCHO" - EM PÉ: GATO FERNANDEZ, CÉLIO SILVA, CÉLIO LINO, PINGA, RICARDO E DANIEL FRANCO. AGACHADOS: ÉLSON, GÉRSON, MAURÍCIO, MARQUINHOS E CAÍCO [CAMPEÃO GAÚCHO 1992].
SPORT CLUB INTERNACIONAL - EM PÉ: FERNANDEZ, CÉLIO SILVA, CÉLIO LINO, MÁRCIO BITTENCOURT, RICARDO E DANIEL FRANCO. AGACHADOS: MAURÍCIO, ÉLSON, GÉRSON, ZINHO E MARQUINHOS [COPA DO BRASIL 1992].
S.C. INTERNACIONAL - EM PÉ: FERNANDEZ, CÉLIO LINO, NORTON, ÉLSON, CÉLIO SILVA E CANHOTO. AGACHADOS: MARQUINHOS, SIMÃO, GÉRSON, LIMA E ZINHO [CAMPEONATO BRASILEIRO 1992].
GÉRSON CENTROAVANTE E JOGADORES DO "COLORADO GAÚCHO" ADENTRAM O GRAMADO [BRASILEIRÃO 1992].
Além de sua habilidade técnica, o atacante era a voz do grupo dentro e fora de campo. Capitão e principal liderança do vestiário. Nego Gérson orientava, buscava acalmar o time durante as partidas. Também o interlocutor dos companheiros para discutir assuntos referentes à Diretoria do Clube e Comissão Técnica.
SPORT CLUB INTERNACIONAL - EM PÉ: GATO FERNANDEZ, CÉLIO SILVA, CÉLIO LINO, PINGA, RICARDO E DANIEL FRANCO. AGACHADOS: MAURÍCIO, ÉLSON, MARQUINHOS, GÉRSON E CAÍCO [CAMPEÃO COPA DO BRASIL 1992].
S.C. INTERNACIONAL, "COLORADO GAÚCHO" - EM PÉ: FERNANDEZ, CÉLIO SILVA, CÉLIO LINO, MÁRCIO BITTENCOURT, PINGA E DANIEL FRANCO. AGACHADOS: NANDO, ÉLSON, MAURÍCIO, GÉRSON E MARQUINHOS [COPA DO BRASIL 1992].
SPORT CLUB INTERNACIONAL - EM PÉ: FERNANDEZ, CÉLIO SILVA, CÉLIO LINO, PINGA, RICARDO E DANIEL FRANCO. AGACHADOS: ÉLSON, NANDO, GÉRSON, MARQUINHOS E CAÍCO [COPA DO BRASIL 1992].
O título e a artilharia da Copa do Brasil, bem como o Campeonato Gaúcho conquistados naquele ano de 1992, se tornariam um feito ainda mais representativo da superação do Camisa 9. Depois que alguns meses transcorreram e percebeu-se ser aquele o último e maior brilho de um jogador de futebol talentoso, que passava por um grave problema de saúde. Possivelmente, Gérson seria portador do vírus HIV.
O CENTROAVANTE GÉRSON DO S.C. INTERNACIONAL PARTE PRA CIMA DA DEFESA PALMEIRENSE [COPA DO BRASIL 1992].
À época, ainda durante as competições da temporada, depois de um exame de sangue e uma solicitação para refazer o mesmo, a notícia também causou comoção e foi desmentida.
"(...)Surgiu esse boato, porque pediram só para ele repetir o exame. Lembro que houve uma reunião no vestiário com a Comissão Técnica e os médicos do Clube. Nós questionamos eles e falaram que o Gérson não tinha nada." - Conta o Camisa 10 Marquinhos, parceiro de ataque também no Inter.
NEGO GÉRSON CAMISA 9 DO "COLORADO GAÚCHO" DISPUTA JOGADA COM DEFENSOR DO GRÊMIO FOOT-BALL PORTO ALEGRENSE [COPA DO BRASIL 1992].
Numa desastrosa coletiva de um seu Dirigente, o Sport Club Internacional admitiu que o Centroavante tinha Aids. Porém, o jogador jamais confirmou a existência da doença.
"(...)Isso foi uma vingança dele, que não gostava da minha posição de líder do time nas horas de reivindicar aumento de salário." - Atacou Gérson em entrevista à 'Folha de S. Paulo'.
A doença suscitava muitas dúvidas e tantos mais preconceitos. Tal repercussão na Imprensa desencadeou inúmeras reações. Seja pelas notícias sensacionalistas, desmentidos do Camisa 9 ou diversos boatos preocupantes que surgiram. Gérson prometia processar os difamadores, sua família não aceitava o diagnóstico.
GÉRSON DO INTER PREPARA O CHUTE CONTRA A META PALMEIRENSE [COPA DO BRASIL 1992].
Por outro lado, colunistas do 'Zero Hora', como Paulo Sant'Anna e Ruy Carlos Ostermann tiveram papel importante escrevendo textos diariamente contra o preconceito. E o jornal deu muito espaço para que o médico especialista em HIV, Jair Ferreira esclarecesse à população que o contato físico, mesmo numa partida de futebol, não oferecia risco de transmissão do vírus.
"Nada fará tão mal a Gérson quanto o preconceito." - Também escreveu Luís Henrique Benfica, no 'Correio do Povo'.
O JOGADOR NETO DO S.C. CORINTHIANS CUMPRIMENTA EM SOLIDARIEDADE O CENTROAVANTE GÉRSON, VÍTIMA DO NOTICIÁRIO SENSACIONALISTA ENVOLVENDO SEU ESTADO DE SAÚDE [CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1992].
A crônica esportiva especulava sobre a condição física do Centroavante e sua continuidade no time "Colorado". O então Técnico Antonio Lopes teria sido alertado do estado clínico do atacante. Contudo, ao invés de tirá-lo da equipe, Lopes manteve o Camisa 9 entre os titulares. Como mais um exemplo de Atletas que superaram a doença.
Mesmo os mais íntimos garantem que nunca foram informados pelo Clube ou por parte de Gérson, que este estivesse doente. Maurício, companheiro de ataque no Inter revela:
"A gente não sabia da doença. Ele sofreu sozinho."
Nem aquele com quem dividia carona foi informado. Gato Fernandez, Goleiro do time, também disse que o colega evitou contar sobre o momento pelo qual passava:
"A gente morava perto e muitas vezes ia junto para os treinos, mas ele nunca me comentou nada."
GÉRSON CENTROAVANTE ESBANJA CATEGORIA NOS GRAMADOS [1992].
"Ninguém que sabia que ele estava doente. Só soubemos em 93. Ele era nosso Capitão, o líder da equipe. Assumia as coisas dentro de campo, falava e orientava. Fora de campo, era quem tomava a palavra para falar com a Direção e Treinador. Ele transmitia o que o grupo queria." - Diz o Zagueiro Pinga.
Marquinhos, amigo de longa data, desconhecia que o parceiro de ataque não estaria bem de saúde:
"O Gérson nunca assumiu o problema. Ele jogou a Copa do Brasil normalmente e foi o atleta mais importante, fazendo muitos gols." - Por um bom tempo enfrentou a doença e continuou disputando a Competição.
NEGO GÉRSON SOLTA O GRITO DE GOL DEPOIS DE BALANÇAR AS REDES ADVERSÁRIAS [1992].
Em Fevereiro de 1993, marcaria seu último gol em amistoso contra um Combinado de Capão Canoa, no Mariscão. Acabou afastado do time quando seu estado de saúde piorou.
Jogando pelo S.C. Internacional foram 46 partidas e emplacou 22 gols, mais a conquista de dois Campeonatos.
SELEÇÃO BRASILEIRA, "CANARINHO" - EM PÉ: BERNARDO, PAULO ROBERTO, RICARDO GOMES, BRANCO, ANDRÉ CRUZ E ACÁCIO. AGACHADOS: VALDO, GEOVANI, NEGO GÉRSON, CRISTOVÃO BORGES E BISMARCK [AMISTOSO INTERNACIONAL 1989].
Convocado para a Seleção Brasileira principal, atuou em 5 jogos.
GÉRSON CENTROAVANTE TREINA PELA SELEÇÃO BRASILEIRA [1989].
A esposa de Gérson, Andréa Mayr Felipe da Silva, relata sobre os momentos vividos:
"Ele tinha vindo do treino, a gente tinha acabado de almoçar, e aí ele recebeu um telefonema do Clube pedindo para ele repetir o exame... Depois, ele foi abandonado. Ele ficou internado uma semana, e o Clube nunca ligou para saber onde o jogador estava e por que não aparecia para treinar." - Como compensação recebeu o "Passe Livre" do Inter.
GÉRSON CAMISA 9 DEIXA O GRAMADO [CAMPEONATO BRASILEIRO 1992].
Após passar dois meses internado no Hospital Santo Amaro (cidade de Guarujá/SP), Gérson da Silva faleceu aos 28 anos de idade, no dia 17 de Maio de 1994. O adeus ao Camisa 9 foi acompanhado de fãs e amigos jogadores de futebol. Seu corpo sepultado no Cemitério Distrital de Vicente de Carvalho (ITAPEMA/SP).
CELSO GAVIÃO - ZAGUEIRO DO FUTEBOL BRASILEIRO.
CELSO GAVIÃO - Celso Dias dos Santos, nasceu em Santos/SP (Litoral Paulista), na data de 28 de Fevereiro de 1956. Sua vida também esteve ligada ao Distrito de Vicente de Carvalho (SP), aqui vestiu a Camisa do centenário Itapema Futebol Clube, o "Tricolor da Ilha". Zagueiro bom de desarme, que sabia sair jogando. Dono de potente chute nas cobranças de faltas, cuja bola ia cheia de veneno.
Tal paixão pelo Futebol começou ainda garoto nos campinhos de areia. No início da década de 1970, o menino Celso seria levado por José Macia (Pepe) para treinar na categoria "Dente-de-Leite", do Santos Futebol Clube. Tempos depois, indicado ao Guarani Futebol Clube (o "Bugre"), de Campinas.
Sua carreira profissional deslanchou contratado pelo Botafogo Futebol Clube (B.F.C.), o "Fogão Paulista", da cidade de Ribeirão Preto/SP, em 1975.
BOTAFOGO F.C. (SP) - COM CELSO GAVIÃO ESCALADO NA ZAGA DO "FOGÃO PAULISTA".
No ano de 1977, o Zagueiro Celso Gavião integraria o elenco do Grêmio de Esportes Maringá, o "Galo Guerreiro", quando foi Campeão Estadual Paranaense.
GRÊMIO MARINGÁ - COM O ZAGUEIRO CELSO GAVIÃO ESCALADO NA DEFESA DO "GALO GUERREIRO" [CAMPEÃO PARANAENSE 1977].
Em 1978, iria jogar no Fortaleza Esporte Clube (o "Leão da Pici"), por uma temporada apenas, ficando com o Vice-Campeonato Cearense.
FORTALEZA E.C., O "LEÃO DA PICI" - EM PÉ: CLÉSIO, RONNER, SALVINO, PEDRO BASÍLIO, LINEU E CELSO GAVIÃO. AGACHADOS: GERALDINHO, ZÉ EDUARDO, EVILÁSIO, NELSON E ROMÁRIO [TEMPORADA 1978].
No ano seguinte, transferiu-se para o Ferroviário Atlético Clube, o "Coral Ferrão". Autor do gol de falta numa partida importante do Campeonato Cearense, garantindo o time na Decisão do Estadual. Sagra-se Campeão Cearense de 1979. Vestiu a Camisa do Ferroviário A.C. por 122 jogos e emplacou 32 gols, o que o qualifica como maior Zagueiro-artilheiro da história do Clube.
FERROVIÁRIO A.C. - EM PÉ: CÍCERO, JORGE, LÚCIO, CELSO GAVIÃO, JEOVÁ E RICARDO. AGACHADOS: RAULINO, TERTO, JACINTO, PAULO CÉSAR E WILLIAMS [CAMPEÃO CEARENSE 1979].
FERROVIÁRIO ATLÉTICO CLUBE (F.A.C.) - COM CELSO GAVIÃO ESCALADO NA ZAGA DO "CORAL FERRÃO" [CAMPEONATO CEARENSE 1979].
Suas boas atuações chamaram a atenção dos Dirigentes do futebol carioca. Em 1980, assinaria contrato com o Clube de Regatas Vasco da Gama (o "Cruz Maltino"), de São Januário. Na Zaga vascaína conquista o Campeonato Carioca de 1982.
C.R. VASCO DA GAMA - COM O ZAGUEIRO CELSO GAVIÃO ENTRE OS TITULARES DO "CRUZ MALTINO", DE SÃO JANUÁRIO [CAMPEÃO CARIOCA 1982].
C.R. VASCO DA GAMA - COM O ZAGUEIRO CELSO GAVIÃO ESCALADO NA DEFESA "CRUZ MALTINA" [CAMPEONATO CARIOCA 1982].
C.R. VASCO DA GAMA, O "CRUZ MALTINO" - EM PÉ: GALVÃO, SERGINHO, CELSO GAVIÃO, IVAN, PEDRINHO E ACÁCIO. AGACHADOS: PEDRINHO GAÚCHO, ERNÂNI, DUDU, ROBERTO DINAMITE E JÉRSON [TEMPORADA 1982].
CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA, O "CRUZ MALTINO" DE SÃO JANUÁRIO - COM CELSO GAVIÃO ESCALADO NA ZAGA [TEMPORADA 1983].
CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA - EM PÉ: GALVÃO, ORLANDO, CELSO GAVIÃO, SERGINHO, PEDRINHO E ACÁCIO. AGACHADOS: DUDU, PEDRINHO GAÚCHO, ELÓI, ROBERTO DINAMITE E ALMIR [CAMPEONATO BRASILEIRO 1983].
No ano de 1983, defende o distintivo do Clube Atlético Paranaense (C.A.P.), o "Furacão", onde foi Campeão Estadual.
Em 1984, jogou pelo Santa Cruz Futebol Clube (o "Tricolor do Arruda"), tendo como Treinador Ernesto Guedes. E também no Esporte Clube Bahia, o "Tricolor da Boa Terra".
CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE (C.A.P.) - COM CELSO GAVIÃO ENTRE OS TITULARES DO "FURACÃO" [CAMPEÃO PARANAENSE 1983].
ATLÉTICO PARANAENSE (C.A.P.) - COM O ZAGUEIRO CELSO GAVIÃO ESCALADO NA DEFESA [CAMPEONATO PARANAENSE 1983].
CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE (C.A.P.) - COM CELSO GAVIÃO ESCALADO NA ZAGA DO "FURACÃO" [TEMPORADA 1983].
SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE - EM PÉ: LUIZ NETO, RICARDO ROCHA, ZÉ DO CARMO, CELSO GAVIÃO, MARCO ANTÔNIO E CARLITOS, (TÉC) ERNESTO GUEDES. AGACHADOS: GABRIEL, JARBAS, BINGA, CARLOS ALBERTO E CRISTOVÃO BORGES [TEMPORADA 1984].
Observado por empresários portugueses, entre 1985 e 1990, Celso Gavião atuou no futebol europeu, como Zagueiro do Futebol Clube do Porto, mantendo a titularidade da equipe. Primeiro sob o comando técnico de Artur Jorge, depois Tomislav Ivic. Jogador valoroso para o esquema do F.C. Porto pela liderança em campo, visão de jogo. Ótimas atuações no miolo de zaga. Dotado de chute forte em cobranças de faltas, originando gols importantes nas competições disputadas naquelas temporadas.
"Nessa altura eu era o melhor. Tinha uma coxa forte. Olhava para a bola, definia uma zona para colocar o pé e nem pensava..." - Saía a "sapatada" rumo ao gol, revela Celso Gavião.
Defendendo a Zaga do F.C. Porto viveu uma fase vitoriosa. Conquista a Super Taça Cândido de Oliveira 1985/86 e o Campeonato Português 1985/86. Vencedor da Liga dos Campeões da UEFA 1986/87, contra o F.C. Bayern Munchen, Celso Gavião fez 3 gols na competição. Campeão da Taça Intercontinental de Clubes 1987, disputada no Estádio Nacional de Tóquio, ao enfrentar o time do Club Atlético Peñarol. Ganhou a Super Copa Européia 1987. Campeão da Taça de Portugal 1987/88 e do Campeonato Português 1987/88. Tornando-se ídolo da Torcida do "Dragão" português.
Durante sua permanência na equipe do F.C. Porto foram 78 jogos e fez 10 gols."Nessa altura eu era o melhor. Tinha uma coxa forte. Olhava para a bola, definia uma zona para colocar o pé e nem pensava..." - Saía a "sapatada" rumo ao gol, revela Celso Gavião.
F.C. PORTO, O "DRAGÃO" PORTUGUÊS - COM CELSO GAVIÃO ESCALADO NA ZAGA [CAMPEÃO DA LIGA UEFA 1986/87].
OS JOGADORES DO F.C. PORTO E O ZAGUEIRO CELSO GAVIÃO ERGUEM A TAÇA DA LIGA DOS CAMPEÕES DA UEFA 1986/87.
Defendendo a Zaga do F.C. Porto viveu uma fase vitoriosa. Conquista a Super Taça Cândido de Oliveira 1985/86 e o Campeonato Português 1985/86. Vencedor da Liga dos Campeões da UEFA 1986/87, contra o F.C. Bayern Munchen, Celso Gavião fez 3 gols na competição. Campeão da Taça Intercontinental de Clubes 1987, disputada no Estádio Nacional de Tóquio, ao enfrentar o time do Club Atlético Peñarol. Ganhou a Super Copa Européia 1987. Campeão da Taça de Portugal 1987/88 e do Campeonato Português 1987/88. Tornando-se ídolo da Torcida do "Dragão" português.
F.C. PORTO, "OS "DRAGÕES" - EM PÉ: MLYNARCZYK, CELSO GAVIÃO, EDUARDO LUÍS, JAIME MAGALHÃES, SEMEDO E JOÃO PINTO. ABAIXADOS: SOUSA, FERNANDO GOMES, RUI BARROS, JAIME PACHECO E INÁCIO [CAMPEÃO PORTUGUÊS 1987/88].
FUTEBOL CLUBE DO PORTO, O "DRAGÃO" PORTUGUÊS - EM PÉ: MLYNARCZYK, LIMA PEREIRA, CELSO GAVIÃO, JAIME MAGALHÃES, SOUSA E JOÃO PINTO. ABAIXADOS: RUI BARROS, INÁCIO, JAIME PACHECO, BANDEIRINHA E ANDRÉ [CAMPEÃO TAÇA DE PORTUGAL 1987/88].
"Foi o Clube em que mais ganhei títulos e por isso tenho um carinho muito especial pelo Porto. Porém, o mais importante é a Liga dos Campeões da Europa. Ser Campeão europeu era mais importante do que ser Campeão mundial. Especialmente naquela época, em que era só um jogo de um campeão europeu com um campeão sul-americano (no Mundial)." - Diz Celso Gavião, que marcou importantíssimo gol de falta numa das partidas contra o Futbolniy Klub Dynamo Kyiv.
F.C. PORTO - EM PÉ: MLYNARCZYK, EDUARDO LUÍS, JAIME MAGALHÃES, CELSO GAVIÃO, LIMA PEREIRA E JOÃO PINTO. ABAIXADOS: ANDRÉ, FERNANDO GOMES, QUIM, MADJER E FUTRE [LIGA DOS CAMPEÕES DA UEFA 1986/87].
FUTEBOL CLUBE DO PORTO - EM PÉ: MLYNARCZYK, EDUARDO LUÍS, CELSO GAVIÃO, INÁCIO, JAIME MAGALHÃES E JOÃO PINTO, ABAIXADOS: MADJER, QUIM, ANDRÉ, SOUSA E FUTRE [LIGA DOS CAMPEÕES DA UEFA 1986/87].
F.C. PORTO, "OS DRAGÕES" - EM PÉ: MLYNARCZYK, CELSO GAVIÃO, EDUARDO LUÍS, JAIME MAGALHÃES, LIMA PEREIRA E JOÃO PINTO. ABAIXADOS: QUIM, ANDRÉ, FERNANDO GOMES, MADJER E FUTRE [TEMPORADA 1986/87].
No retorno ao Brasil, assinou contrato com o time do Goiás Esporte Clube (o "Esmeraldino"), vencendo o Campeonato Goiano de 1991.
Em 1992, encerraria a carreira de Jogador no Ferroviário A.C.
Posteriormente, trabalhou como Treinador de Futebol, comandando as categorias de base do Fortaleza E.C.
CELSO DIAS DOS SANTOS - TÉCNICO-INTERINO DO FORTALEZA ESPORTE CLUBE [2013].
Na temporada de 2013, assumiu o cargo de Técnico-interino do Fortaleza E.C., com a chegada do novo Treinador, Celso Dias dos Santos foi efetivado como Auxiliar-Técnico do "Leão da Pici".
CELSO GAVIÃO E O PEQUENO TORCEDOR DO FERROVIÁRIO ATLÉTICO CLUBE QUE SABE DE FUTEBOL [1979].
Ao parar como Jogador de Futebol desenvolveu próspera atividade comercial no ramo de Panificação.
Exerceu o cargo de Presidente da Associação de Garantia ao Atleta do Ceará.
Vive em Fortaleza/CE, capital do nordeste brasileiro.
MINGO - PONTA-ESQUERDA DO GUARANI FUTEBOL CLUBE, O "BUGRE", DE CAMPINAS [1973].
MINGO - Começou a correr atrás da bola ainda nos campos varzeanos do Distrito Itapemense, na Ilha de Santo Amaro. Ponta-esquerda habilidoso, driblador, de chute forte e certeiro.
Seu início na carreira futebolística se deu pelo centenário Itapema Futebol Clube, treinado por Daltro Rodrigues, onde foi Campeão Amador de Futebol da Baixada Santista 1970. Promovida pela F.P.F. (Federação Paulista de Futebol), a competição envolvia vários times das cidades do Litoral Paulista. A final de 1970 seria disputada entre ITAPEMA F.C. X A.A. PORTUÁRIOS, o jogo aconteceu à noite no Campo "Ismael de Souza", Rua Xavier Pinheiro, em Santos/SP. Tal conquista se desenhou logo aos 2 minutos da etapa inicial, quando o Ponta-esquerda Mingo chutou sem muita força e o Goleiro Luís, da equipe adversária, tentou espalmar caindo a bola dentro da rede dos Portuários. Um minuto depois, novamente o Camisa 11 sofreria penalidade máxima ao ser segurado na área, convertendo em gol o pênalti batido com forte chute. Entretanto, no segundo-tempo conseguiu ser expulso por reclamação a critério do Árbitro Romualdo Arppi Filho. Finda a partida venceu o ITAPEMA F.C. 3 X 1 A.A. PORTUÁRIOS, trazendo o Título para o Distrito itapemense.
Sua principal arma era o tirombaço de perna esquerda. Conta a Crônica Esportiva que numa partida amistosa contra o América Football Club, o "Mecão" (Carioca), o Ponta Mingo bateu uma falta, em que o Goleiro adversário não quis barreira e ao defender a bola teve de ser substituído, pois havia quebrado o pulso. Na temporada de 1973, num jogo com a Sociedade Esportiva Palmeiras (o "Porco"), no Parque Antártica, ao marcar um dos gols que deu a vitória ao Guarani F.C., a bola furou a rede da meta do Goleiro Emerson Leão.
ITAPEMA F.C., O "TRICOLOR DA ILHA" - EM PÉ: MAURO, PAGÃO, ZECA PILOTO, MAURINHO, LECO E SILVA. AGACHADOS: BIRA, GIL, ADELSON, ALTAIR E MINGO [CAMPEÃO AMADOR DE FUTEBOL DA BAIXADA SANTISTA 1979].
Firmou-se como Jogador profissional de futebol na A.A. Portuguesa (A.A.P.), a "Briosa", de Ulrico Mursa, no princípio da década de 1970.
A.A. PORTUGUESA, A "BRIOSA" - COM MINGO ESCALADO ENTRE OS TITULARES DO TIME DE ULRICO MURSA [TEMPORADA 1970].
Sendo contratado logo após pelo Guarani Futebol Clube (o "Bugre"), da cidade de Campinas/SP, cujo Técnico era José Duarte. Clube qual permaneceu titular da Camisa 11 por vários anos, marcando preciosos gols para a equipe Bugrina. Participou da Excursão Internacional à Europa e Oriente Médio realizada pelo Guarani F.C. em 1972. Foram 18 jogos contra importantes Times do estrangeiro, quando Mingo emplaca 5 gols. O Ponta-esquerda jogou a histórica primeira partida do Guarani F.C. num Campeonato Brasileiro, no ano de 1973. Disputando o Paulistão desta temporada (1973), atuou por 12 partidas e balançou as redes com 6 gols. Sagra-se Tri-Campeão do Interior Paulista de 1974, feito conseguido consecutivamente (72 e 73), detendo assim o "Bugre Campineiro" a posse definitiva do 'Troféu Folha de S. Paulo'.
GUARANI F.C., O "BUGRE" - EM PÉ: TOBIAS, WILSON CAMPOS, MOACIR, ALBERTO, FLAMARION E BEZERRA. AGACHADOS: BARNABÉ, ELI CARLOS, WASHINGTON, ALFREDO E MINGO [CAMPEONATO PAULISTA 1972].
GUARANI F.C. - EM PÉ: TOBIAS, WILSON CAMPOS, MARCOS, BEZERRA, FLAMARION E ALBERTO. AGACHADOS: TONINHO, CHINA, CLAYTON, ZÉ ITO E MINGO [CAMPEONATO PAULISTA].
GUARANI FUTEBOL CLUBE - EM PÉ: TOBIAS, WILSON CAMPOS, AMARAL, ALBERTO, FLAMARION E BEZERRA. AGACHADOS: JADER, WASHINGTON, CLAYTON, ALFREDO E MINGO [PAULISTÃO 1973].
GUARANI F.C., O "BUGRE" - EM PÉ: WILSON CAMPOS, SÉRGIO GOMES, AMARAL, JOÃOZINHO, FLAMARION E BEZERRA. AGACHADOS: EDVALDO, LOLA, VOLNEY, ALFREDO E MINGO [TEMPORADA 1974].
GUARANI FUTEBOL CLUBE - EM PÉ: TOBIAS, WILSON CAMPOS, AMARAL, FLAMARION, BEZERRA E MOACIR. AGACHADOS: BARNABÉ, LOLA, WASHINGTON, ALFREDO E MINGO [1ª PARTIDA CAMPEONATO BRASILEIRO 1973].
GUARANI F.C., O "BUGRE" - EM PÉ: WILSON CAMPOS, AMARAL, TOBIAS, ALBERTO, FLAMARION E BEZERRA. AGACHADOS: DILSON, LOLA, WASHINGTON, ALFREDO E MINGO [BRASILEIRÃO 1973].
GUARANI FUTEBOL CLUBE - EM PÉ: WILSON, JOÃO MARCOS, AMARAL, MOACIR, FLAMARION E BEZERRA. AGACHADOS: JADER, LOLA, WASHINGTON, ALFREDO E MINGO [CAMPEONATO BRASILEIRO 1973].
GUARANI F.C. - COM MINGO ESCALADO NA PONTA-ESQUERDA DO "BUGRE CAMPINEIRO" [TEMPORADA 1973].
GUARANI FUTEBOL CLUBE, O "BUGRE" - EM PÉ: JOÃOZINHO, SIDNEY POLI, AMARAL, FLAMARION, ODAIR E CLÁUDIO. AGACHADOS: ZIZA, DAVI, SÉRGIO LIMA, ALEXANDRE BUENO E MINGO [TEMPORADA 1974].
Em 1975, foi negociado para o time do Botafogo Futebol Clube (B.F.C.), o "Fogão Paulista", de Ribeirão Preto/SP.
Mingo jogou também no Grêmio de Esportes Maringá (G.E.M.), o "Galo Guerreiro" paranaense. E teve breve passagem pela Associação Atlética Francana (a "Feiticeira"), da cidade de Franca, Interior Paulista.
O PONTA MINGO E OS JOGADORES DO BOTAFOGO F. C. (SP) JOÃO MARQUES E SÓCRATES.
BOTAFOGO FUTEBOL CLUBE (B.F.C.) - COM MINGO ESCALADO ENTRE OS TITULARES DO "FOGÃO PAULISTA" [TEMPORADA 1976].
O PONTA-ESQUERDA MINGO COMEMORA GOL PARA O GUARANI F.C. [1973].
Mora na portuária-estuarina, ITAPEMA/SP.
MAZINHO - CURINGA DO FUTEBOL BRASILEIRO.
MAZINHO - Batizado Iomar do Nascimento, natural de Santa Rita (Estado da Paraíba), nascido no dia 08/04/1966. Tal qual a família de muitos migrantes do Nordeste brasileiro, aportou em ITAPEMA/SP. Aqui encaminhou-se no mundo da bola, vestindo a Camisa do Milionários (Time varzeano do Distrito). Pela Categoria Amadora jogou ainda no Santa Cruz Recreativo Esporte Clube (SCREC), da Paraíba. Volante de ofício, mas Jogador versátil, atuou noutras posições em Campo, adaptando-se às variadas necessidades táticas. Um típico curinga do Futebol.
Em 1985, seria revelado pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, o "Cruz Maltino" carioca. O jovem boleiro Mazinho chegou ao Rio de Janeiro de ônibus para tentar a sua sorte, desembarca visando um teste em São Januário. Passou um Carnaval inteiro sozinho na "Cidade Maravilhosa", sentindo saudades dos parentes, contudo insistiu no sonho. Tempos depois, recebeu uma chance entre os profissionais. Naquela primeira temporada foram poucas partidas, mas o suficiente para reconhecer-lhe o talento. Nos anos seguintes, como titular conquista os Campeonatos Cariocas de 1987 e 1988, além do Brasileirão de 1989. Vence também, o Troféu Ramón de Carranza 1987/88/89, Torneio Internacional realizado na cidade de Cadiz (Espanha).Atuou de Lateral-direito e Esquerdo, tornando-se um dos grandes Laterais do Clube vascaíno. Fez 232 jogos e marcou 17 gols.
CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA - EM PÉ: PAULO ROBERTO, MORONI, VÍTOR, PAULO SÉRGIO, LIRA E DONATO. AGACHADOS: MAURICINHO, ROBERTO DINAMITE, MAZINHO, GEOVANI E ROMÁRIO [TEMPORADA 1986].
C. R. VASCO DA GAMA, O "CRUZ MALTINO" - EM PÉ: PAULO ROBERTO, ACÁCIO, FERNANDO, HENRIQUE, MAZINHO E DONATO. AGACHADOS: TITA, GEOVANI, ROBERTO DINAMITE, LUÍS CARLOS E ROMÁRIO [CAMPEÃO CARIOCA 1987].
C.R. VASCO DA GAMA - EM PÉ: PAULO ROBERTO, MAZINHO, DONATO, ZÉ DO CARMO, FERNANDO E ACÁCIO. AGACHADOS: GEOVANI, ROMÁRIO, VIVINHO, HENRIQUE E BISMARCK [CAMPEÃO CARIOCA 1988].
O LATERAL DO C.R. VASCO DA GAMA MAZINHO DISPUTA BOLA COM JOGADOR DO FLUMINENSE.
C.R. VASCO DA GAMA, O "CRUZ MALTINO" - EM PÉ: MAZINHO, LUIZ CARLOS WINCK, ZÉ DO CARMO, QUIÑONÉS, MARCO AURÉLIO E ACÁCIO. AGACHADOS: WILLIAN, SORATO, BOIADEIRO, BEBETO E BISMARCK [CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1989].
CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA - MAZINHO INTEGRA O ELENCO DO "CRUZ MALTINO", DE SÃO JANUÁRIO [VENCEDOR TROFÉU RAMÓN DE CARRANZA 1987/88/89].
Pois é justamente esta característica que desperta o interesse de outros Clubes do futebol. Ambidestro, chutava com os dois pés. Jogava no meio-campo, sendo excelente marcador, de bom passe a ligar o Ataque. Como Lateral apoiava bem, subia com velocidade, alçando cruzamentos na medida, muito atento ao esquema tático.
Servindo a Seleção Olímpica de Futebol, competiu nas Olímpiadas de 1988, em Seul. O Técnico era Carlos Alberto Silva. Apesar da ótima Campanha fica com a Medalha de Prata do Torneio.
Pela Seleção Brasileira, "Canarinho" (principal), comandado por Sebastião Lazzaroni, disputa a Copa América de 1989, realizada no Brasil. Sagra-se Campeão das Américas.
SELEÇÃO BRASILEIRA, "CANARINHO" - EM PÉ: MAZINHO, TAFFAREL, MAURO GALVÃO, RICARDO GOMES, ALDAIR E BRANCO. AGACHADOS: BEBETO, ROMÁRIO, SILAS, DUNGA E VALDO [CAMPEÃO COPA AMÉRICA 1989].
MAZINHO DISPUTA JOGADA COM ADVERSÁRIO URUGUAIO [COPA AMÉRICA 1989].
SELEÇÃO BRASILEIRA - EM PÉ: MAZINHO, TAFFAREL, MAURO GALVÃO, RICARDO GOMES, ALDAIR E BRANCO. AGACHADOS: BEBETO, ROMÁRIO, SILAS, DUNGA E VALDO [COPA AMÉRICA 1989].
No ano de 1990, transfere-se para o Futebol Europeu, indo jogar na Itália, nos áureos tempos da Liga Italiana. Veste a Camisa do Unione Sportiva Lecce ("Il Giallorossi"), treinado por Zbigniew Boniek, destacando-se na equipe da Apúlia. Foram 39 partidas e emplacou 3 gols.
Neste mesmo ano, disputa a Copa do Mundo (1990), então realizada na Itália. Tendo como Treinador Sebastião Lazzaroni. Pouco aproveitado devido a eliminação precoce do Brasil.
U.S. LECCE, "IL GIALOROSSI" - MAZINHO INTEGRA O ELENCO DA EQUIPE ITALIANA [TEMPORADA 1990].
O MEIO-CAMPISTA MAZINHO DO UNIONE ESPORTIVA LECCE PERSEGUE JOGADOR ADVERSÁRIO [TEMPORADA 1990].
SELEÇÃO BRASILEIRA - EM PÉ: MAZINHO, TAFFAREL, ANDRÉ CRUZ, ALDAIR, MAURO GALVÃO E BRANCO. AGACHADOS: BEBETO, CARECA, ROMÁRIO, DUNGA E VALDO [TEMPORADA DE 1990].
SELEÇÃO BRASILEIRA, "CANARINHO" - EM PÉ: MAZINHO, TAFFAREL, JORGINHO, MAURO GALVÃO, ALDAIR E ALEMÃO. AGACHADOS: MULLER, CARECA, DUNGA, SILAS E RICARDO ROCHA [COPA DO MUNDO 1990].
Temporada de 1991, assina contrato com a Associazione Calcio (Firenze) Fiorentina ("La Viola"), de Florença. Num primeiro momento sob comando técnico do brasileiro Sebastião Lazzaroni, seguido de Luigi Radice. Manteve a regularidade, fez 21 jogos.
Convocado por Paulo Roberto Falcão (Técnico da Seleção Brasileira) disputa a Copa América de 1991, realizada no Chile. Garante a titularidade na trajetória do Vice-Campeonato.
S.E. PALMEIRAS - EM PÉ: MAZINHO, TONINHO, EDINHO BAIANO, CÉSAR, DIDA, DANIEL FRASSON E CÉSAR SAMPAIO. AGACHADOS: JEAN CARLO, EVAIR, CUCA E ZINHO [VICE-CAMPEÃO PAULISTA 1992].
S.E. PALMEIRAS, O "PORCO" - EM PÉ: MAZINHO, ROBERTO CARLOS, CÉSAR SAMPAIO, TONHÃO, SÉRGIO E ANTONIO CARLOS. AGACHADOS: EDMUNDO, DANIEL, EVAIR, EDÍLSON E ZINHO [CAMPEÃO PAULISTA 1993].
O CURINGA MAZINHO COMBATE JOGADA PELO MEIO-CAMPO, NO CLÁSSICO S.C.CORINTHIANS PAULISTA X S.E. PALMEIRAS [CAMPEONATO PAULISTA 1993].
S.E. PALMEIRAS, O "PORCO" - EM PÉ: CÉSAR SAMPAIO, GIL BAIANO, CLÉBER, ROBERTO CARLOS, SÉRGIO E ANTONIO CARLOS. AGACHADOS: EDMUNDO, MAZINHO, EVAIR, EDÍLSON E ZINHO [CAMPEÃO BRASILEIRO 1993].
S.E. PALMEIRAS - EM PÉ: MAZINHO, CLÁUDIO, CLÉBER, GATO FERNANDEZ, CÉSAR SAMPAIO E ANTONIO CARLOS. AGACHADOS: EVAIR, RINCÓN, EDÍLSON, ROBERTO CARLOS E ZINHO [CAMPEÃO PAULISTA 1994].
Pela Copa do Mundo de 1994, disputada nos Estados Unidos da América (USA), conseguiu a titularidade absoluta no meio-de-campo, bem como a confiança do Técnico Carlos Alberto Parreira. Resguardando o meio-campo permitia a subida dos Laterais, assim como desarmava ataques adversários acionando os Atacantes Bebeto e Romário. Foi importantíssimo para a conquista do Tetra-Campeonato Mundial, da Seleção Brasileira.
SELEÇÃO BRASILEIRA, "CANARINHO" - EM PÉ: TAFFAREL, JORGINHO, ALDAIR, MAURO SILVA, MÁRCIO SANTOS E BRANCO. AGACHADOS: MAZINHO, ROMÁRIO, DUNGA, BEBETO E ZINHO [TETRA-CAMPEÃO DO MUNDO 1994].
SELEÇÃO BRASILEIRA - EM PÉ: TAFFAREL, MÁRCIO SANTOS, MAURO SILVA, JORGINHO, ALDAIR E BRANCO. AGACHADOS: MAZINHO, DUNGA, BEBETO, ROMÁRIO E ZINHO [COPA DO MUNDO 1994].
MAZINHO DRIBLA ADVERSÁRIO DA SELEÇÃO HOLANDESA [COPA DO MUNDO 1994].
SELEÇÃO BRASILEIRA,"CANARINHO" - EM PÉ: TAFFAREL, LEONARDO, ALDAIR, MAURO SILVA, JORGINHO E MÁRCIO SANTOS. AGACHADOS: MAZINHO, ROMÁRIO, BEBETO, DUNGA E ZINHO [COPA DO MUNDO 1994].
MAZINHO COMEMORA COM BEBETO E ROMÁRIO, GOL DA SELEÇÃO BRASILEIRA [COPA DO MUNDO 1994].
De volta à Europa em 1994, acerta contrato com o València Club de Futbol ("Los Che"), equipe da Cataluña (Espanha). Comando Técnico de Carlos Alberto Parreira. Bastante eficiente participou de 71 jogos e fez 3 gols.
VALENCIA C.F., "LOS CHES" - EM PÉ: CAMARASA, GINER, ZUBIZARRETA, PENEV, POYATOS E FERNANDO GOMEZ. AGACHADOS: MAZINHO, ROBERTO, ROMERO, SALENKO E OTERO [TEMPORADA 1994/95].
MAZINHO JOGADOR CURINGA DO VALÈNCIA CLUB DE FUTBOL [TEMPORADA 1994/95].
Na Temporada de 1996, atuou vestindo a Camisa do Real Club Celta de Vigo ("Celtiña"), região da Galizia (Espanha). Reconhecido ídolo da Torcida Celeste, dada sua versatilidade quando escalado em diferentes posições. A ausência de títulos não foi um problema no modesto Clube espanhol, que protagonizava naquelas temporadas boas Campanhas nas competições européias. Mazinho era um de seus jogadores principais. O "EuroCelta", assim apelidado, passou a ser participante frequente da Copa da UEFA. Jogou 114 partidas e emplacou 8 gols.
REAL CLUB CELTA DE VIGO, "CELTIÑA" - COM MAZINHO ESCALADO ENTRE OS TITULARES [LIGA DOS CAMPEÕES DA UEFA 1997].
R.C. CELTA DE VIGO - COM O CURINGA MAZINHO ESCALADO ENTRE OS TITULARES DO "CELTIÑA" [TEMPORADA 1997/98].
MAZINHO JOGADOR REAL CLUB CELTA DE VIGO DISPUTA JOGADA COM ADVERSÁRIO.
R.C. CELTA DE VIGO - EM PÉ: CACERES, PINTO, MCCARTHY, SÉRGIO, JUANFRAN E KARPIN. AGACHADOS: MAZINHO, REVIVO, COIRA, CELADES E TOMAS [COPA DA UEFA 1999/2000].
No ano de 2000, iria para a equipe do Elche Club de Futbol ("Franjiverdes"), Província de Alicante (Espanha). Com breve passagem atuou por 17 jogos.
Em 2001, defendeu o time do Deportivo Alavés ("Babazorros"), cidade de Vitória, região do País Basco. Jogou pouco tempo, foram apenas 15 partidas.
ELCHE C.F., "FRANJIVERDES" - EM PÉ: CÉSAR GÁLVEZ, BENJA, MANUSOVICH, CARMELO, SERBAN E CHANGUI. AGACHADOS: MAZINHO, BORREGUERO, NINO, JAVI NAVARRO E NANO [TEMPORADA 2000].
Ainda na Temporada de 2001, novamente no Futebol Brasileiro, atuou pelo Esporte Clube Vitória (o "Leão da Barra"), da Bahia. Fez 15 jogos.
Neste ano decide "pendurar as chuteiras" como Jogador de Futebol.
Com a Camisa da Seleção Brasileira ("Canarinho"), fez 35 partidas, ganhou 2 Títulos e uma Medalha Olímpica. Por três vezes recebeu a premiação da Bola de Prata 1987/88/89.
No ano de 2009, torna-se Técnico do F.C. Aris de Salonica (Athlitikos Syllogos Aris), tradicional equipe do Futebol Grego. Pressionado em função de melhores resultados, acabou deixando o cargo.
MAZINHO TITULAR DA MEIA-CANCHA ESPERA A BOLA NO AR - SELEÇÃO BRASILEIRA, "CANARINHO" [1994].
Tudo indica que o dna esportivo de Iomar do Nascimento (Mazinho) gerou frutos promissores. O jogador Thiago Alcântara e Rafa Alcântara (o Rafinha) atuam em grandes Clubes do futebol europeu. Além de uma filha que joga Basquetebol.
Atualmente reside com a Família na Espanha.
O CAPÍTULO CONTINUA...
![Estação das Barcas [ITAPEMA/SP]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMzpmkmIriKUpu5SkIsTW6WxK_l1tTD7AL5AHGNIfIoWwmJfz8kUnIXrgajMw_h50OJ7GjB0oGwpNG3wvSZNyocogEdShTIA-ENDDujSHKYc1WPAbphQ5RDzAj6r_WU5LxzchqraIo/s220/Esta%25C3%25A7%25C3%25A3o+das+barcas+itapema+sp+06.jpg)
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